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Biologia – O SISTEMA EXCRETOR 01 : Conceito (Plano de aula – Ensino médio)

Como referenciar este texto: Biologia – O SISTEMA EXCRETOR 01 : Conceito (Plano de aula – Ensino médio). Rodrigo Terra. Publicado em: 28/10/2025. Link da postagem: https://www.makerzine.com.br/educacao/biologia-o-sistema-excretor-01-conceito-plano-de-aula-ensino-medio/.

 

Com base em metodologias ativas e uma proposta interdisciplinar com a Química, o plano foca na compreensão dos principais excretas e sua relação com processos bioquímicos e fisiológicos.Esta abordagem incentiva o desenvolvimento de competências analíticas, essenciais não apenas para vestibulares, mas também para a construção de uma visão integrada do funcionamento do corpo humano.

Exemplos do cotidiano, como o suor excessivo, urina escura após exercícios ou o consumo exagerado de proteínas, serão usados para contextualizar e enriquecer o aprendizado.

A aula também trará um resumo didático para que professores possam reforçar os principais tópicos com seus alunos ao final do período letivo.

 

Objetivos de Aprendizagem

Ao final desta aula, espera-se que os alunos compreendam profundamente o conceito de excreção como processo biológico essencial. Para isso, é recomendável iniciar a explicação abordando que a excreção é toda forma de eliminação de substâncias resultantes do metabolismo celular que não são mais úteis ao corpo humano. Um exemplo prático é a formação da ureia a partir da metabolização de proteínas, que pode ser contextualizado com a alimentação rica em carnes ou leguminosas.

Outro objetivo é que os estudantes sejam capazes de identificar os principais tipos de excretas — como amônia, ureia, ácido úrico, dióxido de carbono e água — e associá-los às vias de excreção correspondentes. Atividades práticas como esquemas interativos ou dinâmicas em grupo com etiquetas e fluxogramas podem facilitar a internalização desses conteúdos.

Por fim, é importante que os discentes estabeleçam uma conexão entre os processos excretores e a manutenção da homeostase. Discussões sobre os efeitos da desidratação, febres ou dietas hiperproteicas ajudam a relacionar os sintomas observáveis no corpo a alterações na excreção. Propor questionamentos como “O que a coloração da urina pode indicar sobre nosso estado de hidratação?” pode despertar o pensamento crítico e a análise fisiológica.

A integração desses objetivos deve ser feita de forma progressiva, permitindo que o aluno construa o conhecimento de maneira significativa e contextualizada.

 

Materiais Utilizados

Para o desenvolvimento eficaz da aula sobre o sistema excretor, é essencial contar com recursos que favoreçam metodologias ativas e a participação dos alunos. O projetor multimídia ou uma TV com entrada HDMI permite exibir gráficos, vídeos e animações que facilitam a visualização de processos fisiológicos complexos. Além disso, o computador com acesso à internet possibilita buscar conteúdos multimídia em tempo real, ampliar discussões e acessar plataformas educacionais com atividades interativas.

Materiais físicos como folhas sulfite A4, pincéis atômicos e cartolinas coloridas são fundamentais para a execução de dinâmicas e atividades práticas. Por exemplo, os alunos podem montar mapas mentais colaborativos sobre tipos de excretas, desenhar estruturas anatômicas e simular o trajeto das substâncias excretadas. Esses recursos favorecem a aprendizagem ativa e o envolvimento do grupo.

O jogo didático imprimível, disponível no BNCC Banco de Itens, é uma excelente ferramenta para reforçar os conceitos abordados de forma lúdica. Pode ser aplicado em grupos, incentivando a cooperação e promovendo a fixação dos conteúdos por meio de desafios e perguntas relacionadas ao tema estudado.

Complementando os materiais, a tabela comparativa de excretas, disponível gratuitamente no site da UFRGS Ensino, serve como um recurso visual indispensável para demonstrar as diferenças entre ureia, ácido úrico, amônia, entre outros. Professores podem usá-la durante a explicação teórica ou como base para uma atividade de análise e síntese de informações em grupo. Ter todos esses itens à disposição enriquece o plano de aula e contribui para uma abordagem mais completa e atrativa.

 

Metodologia Utilizada e Justificativa

A aula será conduzida pela metodologia ativa de aprendizagem baseada em problemas (Problem-Based Learning – PBL). Inicialmente, os alunos receberão uma situação-problema real do cotidiano para análise, que desencadeará a investigação sobre os resíduos do metabolismo e suas rotas de excreção.

Por exemplo, os estudantes podem ser apresentados a um caso envolvendo um atleta de alto rendimento que apresenta sintomas como urina escura, fadiga muscular e febre. Esse cenário permitirá que eles explorem o papel do sistema excretor na eliminação de substâncias tóxicas, como a ureia, relacionando com o excesso de consumo de proteínas e os impactos na função renal.

A escolha desta abordagem visa estimular o raciocínio crítico, a construção colaborativa de conhecimento e a interdisciplinaridade com a Química, reforçando conceitos de compostos nitrogenados, solubilidade e toxicidade. A conexão entre disciplinas amplia a compreensão dos alunos sobre os processos bioquímicos envolvidos na excreção, como a produção de amônia, ureia e ácido úrico, além de favorecer discussões sobre o impacto de hábitos alimentares na saúde dos rins.

Para apoiar o desenvolvimento da aula, o professor pode utilizar recursos como mapas conceituais, debates em grupo e simulações digitais do funcionamento renal. Também é recomendável distribuir atividades interativas em que os alunos representem o caminho das substâncias no corpo humano, promovendo uma aprendizagem ativa e significativa.

 

Preparo da Aula

Para garantir o sucesso da aula sobre o sistema excretor, é essencial um preparo cuidadoso por parte do professor. Comece imprimindo a tabela comparativa de excretas, contendo informações sobre ureia, amônia e ácido úrico, suas origens, solubilidade e toxicidade — esse material será indispensável para atividades em grupo e discussões em sala. Também é útil confeccionar cartazes com perguntas norteadoras, como “Qual a principal via de excreção deste composto?” ou “Quais animais eliminam essa substância predominantemente?”. Esses cartazes irão compor a dinâmica em pequenos grupos, incentivando a colaboração entre os alunos.

Além disso, recomenda-se baixar antecipadamente o vídeo educativo da FioCruz disponível no portal Ciência em Casa, que explora a urina como marcador de saúde. O material audiovisual é excelente para despertar o interesse e contextualizar o conteúdo para além da teoria, aproximando o tema do cotidiano dos estudantes. Exiba o vídeo no início da aula para instigar a curiosidade e introduzir o debate.

Vale revisar os fundamentos de homeostase e metabolismo nitrogenado antes da aula, especialmente no que se refere ao papel dos sistemas corporais na eliminação de resíduos metabólicos. Estar familiarizado com esses conceitos permite antecipar eventuais dúvidas e promover conexões mais sólidas com outras disciplinas, como Química e Fisiologia, enriquecendo o aprendizado.

Uma dica importante é montar um roteiro para a aula, estimando o tempo para cada atividade e prevendo momentos de checagem de compreensão. Faça uma lista de perguntas que podem guiar a discussão e estimule os alunos a trazerem exemplos próprios, como mudanças na cor da urina em diferentes situações ou o aumento da produção de suor em dias quentes.

 

Introdução da Aula (10 minutos)

A introdução da aula visa despertar a curiosidade e promover o engajamento dos alunos ao levantar uma pergunta instigante: “Para onde vão os resíduos do nosso corpo?”. Essa provocação inicial serve como ponto de partida para explorar a importância da excreção e os processos fisiológicos responsáveis pela eliminação de substâncias tóxicas. Em seguida, o professor poderá exibir imagens e situações relacionadas ao cotidiano, como atletas suando intensamente, pessoas febris e o uso de energéticos, incentivando os alunos a fazerem conexões entre esses sinais corporais e o funcionamento do sistema excretor.

Para ampliar a compreensão, recomenda-se apresentar um breve vídeo educativo da Fiocruz que aborda a coloração da urina como um indicativo de saúde. Este recurso visual ajuda os estudantes a correlacionar observações simples do dia a dia com processos internos do organismo, tornando o aprendizado mais significativo. Durante a exibição, o professor pode estimular comentários e perguntas, promovendo uma discussão sobre hidratação, influência da alimentação e os sinais do corpo que apontam desequilíbrios metabólicos.

Como dica prática, o docente pode pedir que os alunos reflitam sobre como suas próprias rotinas (alimentação, prática de exercícios ou uso de medicamentos) influenciam sua excreção, preparando o terreno para os tópicos mais técnicos da aula. Também é possível organizar um debate rápido em duplas para compartilhar percepções iniciais e levantar hipóteses sobre o papel dos rins, da pele, dos pulmões e do fígado na eliminação de resíduos.

Essa abordagem interativa e multimídia favorece a construção de uma base sólida para os conceitos que virão a seguir, ao mesmo tempo que promove o pensamento crítico e aproxima a biologia do contexto vivenciado pelos alunos.

 

Atividade Principal (30 a 35 minutos)

Nesta parte central da aula, os alunos serão organizados em grupos colaborativos, recebendo uma tabela com lacunas sobre os principais tipos de excretas: amônia, ureia e ácido úrico. Cada equipe deverá pesquisar e associar adequadamente diferentes organismos a cada tipo de excreta, explicando as razões adaptativas envolvidas, como o habitat (aquático ou terrestre), a disponibilidade de água e o tipo de alimentação predominante. Por exemplo, peixes ósseos geralmente excretam amônia, altamente tóxica, mas diluída com abundância de água, enquanto répteis produzem ácido úrico, ideal para conservação de água em ambientes áridos.

Para aprofundar a comparação entre diferentes animais, os grupos irão criar um “mapa de excreção” usando cartolina ou ferramentas digitais. Esse mapa deverá destacar as relações entre o tipo de excreta e os fatores fisiológicos e ambientais, promovendo a integração com conteúdos de fisiologia comparada. Essa atividade estimula o pensamento crítico e a articulação de conceitos interdisciplinares entre a Biologia e a Química.

Na segunda parte da atividade, os alunos acessarão um quiz online da UFRGS sobre compostos nitrogenados e homeostase. O quiz pode ser realizado em dispositivos móveis ou em laboratório de informática, e objetiva fixar os conteúdos de forma lúdica e ativa. Professores podem acompanhar o desempenho dos grupos em tempo real, promovendo discussões e esclarecendo eventuais dúvidas conceituais.

Essa atividade promove não apenas a aprendizagem colaborativa, mas também a aplicação prática do conhecimento, favorecendo a autonomia intelectual dos estudantes e preparando-os para contextos avaliativos diversos, como vestibulares e ENEM.

 

Fechamento (5 a 10 minutos)

Nos minutos finais da aula, é fundamental consolidar o conhecimento adquirido pelos alunos. Para isso, o professor deve retomar com a turma o conceito-chave de excreção, incentivando uma breve discussão a partir da pergunta: “Por que é perigoso reter resíduos metabólicos no organismo?”. Essa reflexão pode ser feita em dupla ou em grupo, estimulando raciocínio crítico e aplicação prática do conteúdo sobre acúmulo de excretas e suas possíveis consequências para a saúde, como intoxicações e falência renal.

Após essa retomada participativa, propõe-se a construção coletiva de um organograma no quadro ou em formatos digitais colaborativos, como o Jamboard ou Google Docs. Este mapa conceitual deve conter os principais tipos de excretas (amônia, ureia e ácido úrico), suas características químicas (solubilidade, toxicidade, necessidade de água para excreção) e exemplos de organismos que os eliminam. Essa atividade visualiza a conexão entre fisiologia e adaptação ambiental.

Como fechamento, o professor pode distribuir um resumo impresso ou digital com os pontos principais da aula. Esse material servirá como apoio para o estudo posterior e revisão para provas, contendo tópicos como: definição de excreção, tipos de excretas, funções do sistema excretor, e exemplos no cotidiano. Recomenda-se também incluir um QR code com link para um vídeo ou simulação sobre o funcionamento renal para enriquecer a aprendizagem autônoma.

Essas práticas de fechamento garantem reforço pedagógico, promovem a metacognição e fidelizam o conteúdo trabalhado na memória dos alunos, preparando-os para apropriações mais complexas do tema nas próximas aulas.

 

Avaliação / Feedback

A avaliação desta aula sobre o sistema excretor será do tipo formativa, buscando acompanhar o processo de aprendizagem dos alunos de forma contínua e significativa. A participação nas discussões em sala será um dos principais critérios observados, incentivando os estudantes a expressarem ideias, fazerem conexões entre os conceitos discutidos e aplicarem o conhecimento em situações contextualizadas.

Durante as atividades em grupo, a coerência das contribuições e as justificativas apresentadas pelos estudantes serão avaliadas de forma qualitativa. O professor pode auxiliar com perguntas orientadoras para estimular o raciocínio e aprofundar a análise, especialmente nas conexões com a Química e processos bioquímicos associados aos excretas.

Um quiz digital servirá como ferramenta diagnóstica complementar, permitindo verificar a fixação dos conteúdos de forma divertida e interativa. Recomenda-se utilizar plataformas como Kahoot, Quizziz ou Google Forms para esse fim, com questões objetivas e algumas abertas, estimulando o pensamento crítico e a aplicação prática do conhecimento.

O feedback será personalizado e oferecido tanto oralmente, durante a aula, quanto de forma escrita. Cada grupo receberá anotações no verso do resumo impresso da aula, com observações individuais sobre os pontos fortes e sugestões de melhoria. Essa abordagem promove o desenvolvimento da autonomia dos alunos e valoriza seus esforços e progressos ao longo da jornada de aprendizagem.

 

Resumo para os Alunos

O que aprendemos hoje?

Nesta aula, compreendemos que a excreção é o processo biológico pelo qual o organismo elimina substâncias tóxicas resultantes do metabolismo celular, como a amônia, ureia e o ácido úrico. Cada uma dessas substâncias varia em toxicidade e solubilidade, sendo que a amônia é altamente tóxica, a ureia apresenta toxicidade moderada e o ácido úrico é pouco solúvel em água. Esses compostos são eliminados, principalmente, pelos rins e pelas glândulas sudoríparas.

Também discutimos como diferentes organismos adaptam sua excreção ao ambiente em que vivem. Por exemplo, peixes ósseos de água doce geralmente excretam amônia, por terem fácil acesso à água para diluição, enquanto os seres humanos transformam a amônia em ureia antes de eliminá-la, o que economiza água. Já répteis e aves excretam ácido úrico, ideal para conservação de água em ambientes áridos.

Para tornar o conteúdo mais próximo da realidade dos alunos, utilizamos situações do cotidiano, como a coloração da urina após exercício físico intenso, mostrando a importância da hidratação, e do suor como um mecanismo não só de resfriamento do corpo, mas também de excreção de sais e água. Essas conexões com o dia a dia tornam o aprendizado mais significativo e acessível.

Recurso recomendado: Para complementar seus estudos, indicamos assistir ao vídeo educativo produzido pela Fiocruz disponível em Ciência em Casa. O material aborda de forma clara e didática a composição da urina e sua relação com a saúde, reforçando os conceitos vistos em aula.

 

Rodrigo Terra

Com formação inicial em Física, especialização em Ciências Educacionais com ênfase em Tecnologia Educacional e Docência, e graduação em Ciências de Dados, construí uma trajetória sólida que une educação, tecnologias ee inovação. Desde 2001, dedico-me ao campo educacional, e desde 2019, atuo também na área de ciência de dados, buscando sempre encontrar soluções focadas no desenvolvimento humano. Minha experiência combina um profundo conhecimento em educação com habilidades técnicas em dados e programação, permitindo-me criar soluções estratégicas e práticas. Com ampla vivência em análise de dados, definição de métricas e desenvolvimento de indicadores, acredito que a formação transdisciplinar é essencial para preparar indivíduos conscientes e capacitados para os desafios do mundo contemporâneo. Apaixonado por café e boas conversas, sou movido pela curiosidade e pela busca constante de novas ideias e perspectivas. Minha missão é contribuir para uma educação que inspire pensamento crítico, estimule a criatividade e promova a colaboração.

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