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Redação – Exercício – análise de texto sobre o tema “Sistema prisional” (Plano de aula – Ensino médio)

Como referenciar este texto: Redação – Exercício – análise de texto sobre o tema “Sistema prisional” (Plano de aula – Ensino médio). Rodrigo Terra. Publicado em: 04/11/2025. Link da postagem: https://www.makerzine.com.br/educacao/redacao-exercicio-analise-de-texto-sobre-o-tema-sistema-prisional-plano-de-aula-ensino-medio/.


 
 

Será feita uma leitura guiada, seguida de uma análise minuciosa dos recursos linguísticos, estratégias argumentativas e estrutura do texto. A atividade permite aos alunos tanto reconhecer os aspectos positivos quanto identificar pontos que poderiam ser aprimorados na redação analisada.

Além do foco textual, a aula buscará promover uma abordagem interdisciplinar, envolvendo discussões sobre direitos humanos, legislação, sociologia e atualidades. Esse recorte garante maior profundidade à análise e reforça o caráter formativo da escrita.

Por meio de estratégias pedagógicas ativas, os estudantes serão convidados a assumir o papel de “avaliadores” da redação, simulando o trabalho de corretores e incorporando critérios da matriz de competências do ENEM.

No fim do encontro, espera-se que os alunos estejam mais preparados para escrever sobre o sistema prisional, tendo como referência uma dissertação que serve tanto de inspiração quanto de objeto crítico.

 

Objetivos de Aprendizagem

Ao estruturar esta aula de redação com foco no sistema prisional brasileiro, os objetivos de aprendizagem foram cuidadosamente delineados para proporcionar uma experiência rica e interdisciplinar aos estudantes do ensino médio. Em primeiro lugar, busca-se que os alunos reconheçam e analisem a estrutura da dissertação argumentativa em nível avançado. Para isso, serão apresentados a um modelo de redação com nota máxima no ENEM, cuja organização textual, coesão e progressão temática serão estudadas passo a passo.

Outro objetivo fundamental é a identificação das estratégias linguísticas e argumentativas utilizadas em um texto de alto desempenho. Os alunos praticarão a observação de recursos como conectivos, modulações assertivas, uso de dados estatísticos e citações. Uma dinâmica eficaz é dividir os estudantes em pequenos grupos, atribuindo a cada um a missão de localizar esses elementos e discutir seu impacto na argumentação.

A proposta também visa promover o diálogo da redação com outras áreas do conhecimento. Ao relacionar o tema do sistema prisional com conteúdos de Sociologia, Atualidades e Direitos Humanos, os alunos ampliam seu repertório sociocultural — um diferencial importante na escrita argumentativa. Debates mediados e leitura de textos complementares ajudam a contextualizar o problema e a fomentar um posicionamento crítico.

Assim, os objetivos de aprendizagem não se limitam ao aprimoramento da escrita, mas também à formação de uma consciência cidadã e analítica. Com isso, o aluno não apenas se prepara melhor para exames como o ENEM, mas também desenvolve habilidades essenciais para sua atuação na sociedade.

 

Materiais utilizados

Para garantir o sucesso desta atividade de análise textual, é essencial que os professores organizem previamente os materiais que serão utilizados em sala. A primeira necessidade é a disponibilização individualizada ou coletiva (via projeção digital) de uma redação nota 1000 cujo tema seja o sistema prisional. A análise desta produção exemplar permitirá que os alunos identifiquem com mais clareza os critérios de excelência aplicados pelos corretores do ENEM.

O uso de um quadro branco tradicional ou de um projetor multimídia é altamente recomendado, pois facilita a condução compartilhada da leitura e da análise textual. Ao projetar frases marcantes ou parágrafos relevantes da redação, o professor poderá destacar recursos argumentativos, conectivos e estratégias de coesão utilizadas, otimizando o entendimento coletivo.

Outro componente importante é a planilha de critérios de correção do ENEM, disponível no site do INEP. Esse documento deve ser apresentado e discutido com os alunos para que compreendam os parâmetros de avaliação, como domínio da norma culta, organização das ideias, repertório sociocultural, e respeito aos direitos humanos. A planilha pode ser usada em duplas ou trios, incentivando o trabalho colaborativo e reflexivo.

Por fim, folhas de anotação ou cadernos são imprescindíveis para que os estudantes registrem observações, façam marcações e produzam esboços de reescritas baseadas nos pontos analisados. Estimule os alunos a anotarem trechos que servem de exemplo positivo e outros que poderiam ser escritos de forma mais clara ou eficaz. Esse exercício crítico fortalece a autonomia e prepara-os para a produção textual nas provas futuras.

 

Metodologia utilizada e justificativa

Adotaremos a aprendizagem por investigação, combinada com a técnica de pareamento crítico, na qual os alunos analisam uma redação modelo como se fossem corretores. Essa metodologia ativa promove a mobilização dos critérios avaliativos do ENEM e motiva o senso crítico e argumentativo dos estudantes. Os alunos são desafiados a aplicar os cinco critérios da matriz de avaliação do ENEM — que envolvem desde o domínio da norma padrão até a proposta de intervenção — de forma prática, embasando suas observações com argumentos sólidos.

Essa abordagem também privilegia o protagonismo dos alunos, uma vez que eles devem apontar acertos e propor melhorias para o texto analisado com base nas competências exigidas no exame. A técnica do pareamento crítico pode ser realizada em duplas ou trios, estimulando o diálogo e a troca de percepções sobre o texto. Para facilitar esse exercício, recomenda-se fornecer uma grade avaliativa simplificada, inspirada na da banca do ENEM, e exemplos de redações nota 1000 com comentários.

Durante a aula, o professor atuará como mediador, incentivando que os alunos debatam diferentes interpretações sobre a argumentação, coesão, coerência e estratégias linguísticas utilizadas. Essa discussão coletiva amplia o repertório dos estudantes e contextualiza problemas recorrentes, como generalizações, ausência de conectivos e conclusões frágeis.

Ao fim da atividade, uma roda de conversa pode consolidar os aprendizados, permitindo que os alunos compartilhem os principais pontos observados e discutam como aplicar essas percepções em suas próprias produções. Essa prática não apenas reforça o conteúdo, mas também contribui para o desenvolvimento da metacognição e da autonomia na escrita.

 

Desenvolvimento da aula

O desenvolvimento da aula proposto promove uma experiência rica e interativa de análise textual com os alunos do ensino médio. O professor deve começar o preparo pedagógico selecionando criteriosamente uma redação nota 1000 sobre o sistema prisional, preferencialmente disponível nas plataformas do INEP. Esse material é essencial para que os alunos possam aplicar uma leitura crítica e associá-la aos critérios de avaliação do ENEM. Para auxiliar nessa observação, recomenda-se disponibilizar os cinco critérios de correção oficial de forma destacada e clara. Recursos adicionais, como reportagens da Agência Brasil, podem enriquecer a contextualização do tema com dados atualizados.

Na introdução da aula, recomenda-se uma estratégia de ativação do conhecimento prévio a partir de uma roda de conversa guiada pela pergunta: “O que vocês sabem sobre o sistema prisional no Brasil?”. Essa reflexão inicial ajuda a conectar o tema à realidade dos estudantes e prepara o terreno para a análise textual. Ao apresentar o texto sem revelar inicialmente a nota conquistada, o professor incentiva a leitura criteriosa e a avaliação com base em méritos objetivos.

Durante a atividade principal, a divisão dos alunos em trios fomenta o trabalho colaborativo e estimula a troca de diferentes visões sobre o texto. Fornecer uma tabela com os critérios de correção do ENEM para cada grupo preencher promove familiaridade com a matriz de avaliação. Ao final, a revelação de que a redação analisada obteve nota máxima oferece uma excelente oportunidade para refletir sobre o que torna um texto exemplar. O professor pode guiar discussões sobre o uso eficaz de conectivos, repertório sociocultural legitimado, clareza argumentativa e proposta de intervenção viável e respeitosa aos direitos humanos.

Para fechar a aula, o uso de um quiz oral rápido funciona como revisão e momento formativo. Perguntas que estimulem síntese e reflexão são ideais para fixar os aprendizados. Ao sugerir que os alunos escrevam uma introdução sobre o tema abordado, o docente dá continuidade ao processo de aprendizagem tornando-o prático e produtivo. Esse exercício também contribui para o desenvolvimento gradual da competência argumentativa dos alunos, essencial para a prova do ENEM.

 

Avaliação / Feedback

A avaliação nesta atividade de análise textual será predominantemente processual e qualitativa, valorizando o envolvimento dos alunos ao longo da aula. Durante as discussões em grupo e plenárias, o professor observará critérios como capacidade argumentativa, coerência na interpretação, uso de vocabulário adequado e a postura crítica. O feedback oral imediato será essencial para manter o engajamento e reforçar o aprendizado em tempo real, permitindo que os estudantes ajustem suas percepções e argumentos com base nas observações do docente.

Além disso, o professor pode utilizar rubricas simples para anotar aspectos como clareza na exposição, respeito aos colegas e profundidade nos comentários, fornecendo depois um retorno mais estruturado. Estimular momentos de metacognição — em que os próprios alunos avaliem sua participação e aprendizados — contribui também para o desenvolvimento da autonomia e reflexão sobre o processo de escrita.

Como extensão da avaliação, cada estudante será convidado a redigir, como lição de casa, um parágrafo introdutório sobre o sistema prisional. Essa tarefa deve aplicar uma tese clara e utilizar uma das estratégias de introdução debatidas em aula, como uma citação relevante, uma pergunta retórica ou um dado estatístico impactante. O professor pode, ainda, promover uma breve devolutiva coletiva sobre os textos, ressaltando exemplos bem executados.

Essa abordagem contínua e dialógica do feedback fortalece a preparação dos alunos para textos dissertativos no ENEM, incentivando o pensamento crítico e a habilidade de estruturar um ponto de vista embasado e coerente.

 

Resumo para os alunos

Nesta aula, você teve a oportunidade de analisar uma redação modelo que tratou do tema sistema prisional no Brasil com excelência. O texto em questão demonstrou argumentação sólida, embasada em dados e conceitos sociológicos, além de apresentar uma proposta de intervenção bem elaborada, viável e em consonância com os direitos humanos — exigência crucial na redação do ENEM.

Durante a análise, discutimos como o autor estruturou a introdução com clareza, apresentando uma tese consistente; como desenvolveu os parágrafos argumentativos utilizando conectivos adequados e repertórios socioculturais pertinentes, como menções à Constituição Federal e estatísticas recentes; e como concluiu o texto reforçando a proposta de intervenção. Essa observação permite perceber que, além de dominar a norma culta, é essencial apresentar conhecimento de mundo e posicionamento crítico fundamentado.

Incentivamos você a praticar escrevendo introduções que deixem clara a tese e a selecionar repertórios que dialoguem diretamente com os argumentos. Tente também exercitar a construção de propostas de intervenção que contemplem os cinco elementos solicitados pelo ENEM: ação, agente, modo/meio, finalidade e detalhamento.

Para aprofundar seu repertório, indicamos o material da UFRGS que discute o sistema prisional: PDF sobre sistema prisional. Além disso, releia redações nota 1000 no portal do INEP. Essas leituras ajudam a internalizar os critérios exigidos e os componentes de uma produção textual de alto nível.

 

Rodrigo Terra

Com formação inicial em Física, especialização em Ciências Educacionais com ênfase em Tecnologia Educacional e Docência, e graduação em Ciências de Dados, construí uma trajetória sólida que une educação, tecnologias ee inovação. Desde 2001, dedico-me ao campo educacional, e desde 2019, atuo também na área de ciência de dados, buscando sempre encontrar soluções focadas no desenvolvimento humano. Minha experiência combina um profundo conhecimento em educação com habilidades técnicas em dados e programação, permitindo-me criar soluções estratégicas e práticas. Com ampla vivência em análise de dados, definição de métricas e desenvolvimento de indicadores, acredito que a formação transdisciplinar é essencial para preparar indivíduos conscientes e capacitados para os desafios do mundo contemporâneo. Apaixonado por café e boas conversas, sou movido pela curiosidade e pela busca constante de novas ideias e perspectivas. Minha missão é contribuir para uma educação que inspire pensamento crítico, estimule a criatividade e promova a colaboração.

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