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Arte – Neoconcretismo no Brasil (Plano de aula – Ensino médio)

Como referenciar este texto: Arte – Neoconcretismo no Brasil (Plano de aula – Ensino médio). Rodrigo Terra. Publicado em: 18/12/2025. Link da postagem: https://www.makerzine.com.br/educacao/arte-neoconcretismo-no-brasil-plano-de-aula-ensino-medio/.


 
 

Este plano de aula foi pensado para apoiar professoras e professores de Arte do ensino médio na abordagem do Neoconcretismo brasileiro, movimento fundamental para compreender a arte pós-moderna na América Latina. Partindo da Exposição Nacional de Arte Concreta e chegando às experiências radicais de artistas como Lygia Clark, Lygia Pape e Hélio Oiticica, o foco está em conectar linguagem artística, corpo, espaço e participação do público.

A proposta prioriza uma metodologia ativa, na qual os estudantes analisam obras, discutem textos e produzem pequenos experimentos visuais e corporais, aproximando-se do modo de pensar neoconcreto. Em vez de apenas memorizar nomes e datas, a turma é convidada a vivenciar os princípios do movimento, refletindo sobre a relação entre arte, cotidiano e liberdade de expressão.

Ao longo da aula, serão explorados conceitos como concretismo, neoconcretismo, interatividade, obra aberta e experiência sensorial. A interdisciplinaridade aparecerá no diálogo com a História (contexto político e cultural do Brasil dos anos 1950 e 1960) e com a Literatura, por meio da leitura orientada de trechos do Manifesto Neoconcreto, de Ferreira Gullar.

No final, há um resumo voltado diretamente aos estudantes, que pode ser lido em voz alta ou disponibilizado em ambiente virtual. Esse resumo retoma os principais pontos trabalhados e indica recursos digitais gratuitos, em português, para aprofundamento, como acervos online de museus e universidades públicas.

 

Título da aula e objetivos de aprendizagem

O título da aula pode ser apresentado como “Neoconcretismo no Brasil: corpo, espaço e participação na arte”. Ele deve instigar a curiosidade da turma, sinalizando que não se trata apenas de estudar um “estilo” artístico, mas de investigar como a arte neoconcreta convidou o público a agir, sentir e experimentar. Logo na abertura, vale explicar brevemente que o Neoconcretismo surgiu como uma resposta crítica ao Concretismo, buscando ir além da racionalidade rígida e aproximar a obra de arte da vida cotidiana.

Entre os principais objetivos de aprendizagem, destaca-se o de reconhecer as características fundamentais do Neoconcretismo, diferenciando-o do Concretismo e de outras tendências da arte moderna. Espera-se que os estudantes sejam capazes de identificar, em obras de artistas como Lygia Clark, Lygia Pape e Hélio Oiticica, aspectos como a participação do espectador, a ênfase na experiência sensorial e a ideia de obra aberta, que se atualiza a cada interação.

Outro objetivo central é compreender o contexto histórico e cultural do Brasil nas décadas de 1950 e 1960, relacionando o Neoconcretismo a transformações políticas, sociais e urbanas do período. A aula busca que a turma perceba como essas mudanças influenciaram a forma de produzir e pensar arte no país, articulando o conteúdo de Arte com conhecimentos de História e Literatura, especialmente a leitura orientada de trechos do Manifesto Neoconcreto, de Ferreira Gullar.

Também é objetivo da aula estimular a experimentação criativa, por meio de atividades práticas em que os estudantes criem pequenos trabalhos visuais, objetos manipuláveis ou propostas corporais inspiradas nos princípios neoconcretos. Mais do que reproduzir obras famosas, a intenção é que cada grupo explore relações entre corpo e espaço, jogo e sensibilidade, percebendo-se como coautor de experiências artísticas.

Por fim, a aula pretende desenvolver a capacidade crítica e reflexiva dos estudantes em relação à arte e ao mundo que os rodeia. Ao analisar textos, imagens e intervenções espaciais, a turma deverá argumentar sobre o papel da arte na ampliação da liberdade de expressão e na construção de novas formas de convivência. Espera-se, assim, que cada estudante conclua a aula com ferramentas conceituais e sensíveis para compreender melhor a arte contemporânea latino-americana e seu próprio lugar como sujeito criador.

 

Materiais utilizados e recursos digitais gratuitos

Para desenvolver este plano de aula sobre Neoconcretismo no ensino médio, é possível trabalhar com uma combinação equilibrada de materiais físicos simples e recursos digitais gratuitos. Em sala, recomenda-se disponibilizar papel sulfite ou cartão, cartolina colorida, tesouras sem ponta, fitas adesivas, barbantes, elásticos, canetas hidrográficas e lápis de cor. Esses materiais básicos já permitem que a turma experimente princípios neoconcretos como modularidade, relevo, dobra, interação e transformação da forma no espaço, sem necessidade de equipamentos caros.

Quando houver acesso a laboratório de informática ou a dispositivos móveis, os estudantes podem explorar repositórios digitais de museus brasileiros que possuem acervos relevantes para o tema. O Itaú Cultural oferece verbetes, imagens de obras e linhas do tempo sobre artistas como Lygia Clark, Lygia Pape e Hélio Oiticica. Já o MASP e o MAM disponibilizam coleções digitais e textos curatoriais que ajudam a situar o Neoconcretismo no contexto da arte moderna e contemporânea no Brasil.

Outro recurso importante é a leitura guiada de trechos do Manifesto Neoconcreto, de Ferreira Gullar, disponível em vários repositórios acadêmicos e bibliotecas digitais de universidades públicas. O professor pode selecionar pequenos excertos, projetá-los em tela ou imprimi-los e propor uma leitura coletiva seguida de debate. Plataformas gratuitas como Domínio Público e bibliotecas virtuais de instituições federais frequentemente reúnem textos críticos e catálogos de exposição em PDF, úteis para aprofundar o conteúdo e enriquecer o repertório da turma.

Ferramentas digitais de criação visual também podem ser incorporadas, de acordo com a infraestrutura disponível na escola. Programas gratuitos como GIMP, Krita ou editores online permitem que os estudantes experimentem composições geométricas, intervenções sobre fotografias e simulações de instalações interativas, aproximando o fazer artístico das linguagens digitais contemporâneas. Caso o acesso a computadores seja limitado, é possível trabalhá-los em estações rotativas ou em atividades complementares para quem tiver acesso à internet em casa ou no telecentro do bairro.

Por fim, vale indicar aos estudantes vídeos curtos, entrevistas e visitas virtuais a exposições, disponíveis gratuitamente em canais oficiais de museus e instituições culturais no YouTube. Muitos desses conteúdos apresentam explicações acessíveis sobre a passagem do Concretismo ao Neoconcretismo, a importância da participação do público e a ideia de “obra aberta”. O professor pode selecionar alguns trechos, montar playlists temáticas e sugerir que a turma faça anotações, capturas de tela ou pequenos mapas mentais, integrando as experiências digitais às discussões em sala de aula.

 

Metodologia ativa e justificativa pedagógica

A escolha por uma metodologia ativa neste plano de aula sobre o Neoconcretismo se fundamenta na própria natureza do movimento, que tensiona a fronteira entre obra, artista e público. Em vez de apresentar o conteúdo apenas de forma expositiva, busca-se que as e os estudantes atuem como sujeitos da aprendizagem, experimentando, criando e debatendo. Assim, o estudo deixa de ser uma sequência de definições e datas para se tornar um processo de investigação coletiva, em que a turma formula perguntas, testa hipóteses visuais e corporais e observa criticamente o mundo ao redor.

Pedagogicamente, essa abordagem dialoga com princípios construtivistas e com a Educação pela Arte, que defendem a aprendizagem como experiência significativa, ligada à realidade do aluno. Ao analisar obras de Lygia Clark, Lygia Pape e Hélio Oiticica, a proposta não se limita à descrição formal, mas estimula a leitura de mundo: como o corpo é convocado? Que relações se estabelecem entre arte, política, cidade, comunidade? Ao produzir pequenos experimentos neoconcretos, a turma é levada a refletir sobre escolhas de materiais, participação do público e uso do espaço, articulando teoria e prática em um mesmo movimento.

Outro ponto central da justificativa pedagógica é a valorização da autoria e da liberdade de expressão. O Neoconcretismo rompe com o rigor geométrico do Concretismo e abre espaço para a subjetividade, para o acaso e para a experiência sensorial. Ao vivenciar propostas que envolvem interatividade, jogos de percepção e obras abertas, os estudantes são convidados a assumir uma postura crítica e criativa diante da cultura visual contemporânea, compreendendo que a arte não é apenas um produto acabado, mas também um processo de relação entre pessoas, tempos e contextos.

Essa metodologia ativa também favorece a participação de diferentes perfis de alunos, uma vez que oferece múltiplas formas de engajamento: leitura de textos curtos, debate oral, análise de imagens, atividades corporais, registros escritos e produção de trabalhos autorais. Dessa forma, o plano contribui para o desenvolvimento de competências gerais previstas na BNCC, como o pensamento crítico, a argumentação, o repertório cultural e a responsabilidade e cidadania, ao mesmo tempo em que fortalece a autoestima e a percepção de que todos podem criar e interpretar arte.

 

Desenvolvimento da aula: preparo prévio do professor

Antes da aula, o professor deve se familiarizar com os principais conceitos do Concretismo e do Neoconcretismo, revisitando rapidamente o contexto histórico e cultural do Brasil entre as décadas de 1950 e 1960. É importante reler o Manifesto Neoconcreto, de Ferreira Gullar, selecionando trechos curtos e acessíveis para a turma, bem como revisar informações essenciais sobre artistas como Lygia Clark, Lygia Pape e Hélio Oiticica. Caso o docente não se sinta seguro com o tema, pode consultar verbetes de museus, materiais de universidades públicas e textos introdutórios de história da arte disponíveis em acervos digitais.

Também é recomendável que o professor prepare um pequeno repertório visual para projetar em sala ou disponibilizar em ambiente virtual. Esse repertório pode incluir fotografias de obras icônicas, como os Bichos de Lygia Clark, os Livros-Poema de Lygia Pape e os parangolés de Hélio Oiticica, além de registros de exposições e intervenções participativas. O ideal é organizar essas imagens em uma sequência que evidencie a passagem do rigor geométrico concreto para a abertura sensorial e participativa do Neoconcretismo, facilitando a leitura comparativa pelos estudantes.

Para potencializar a metodologia ativa, o professor deve planejar com antecedência as atividades práticas e de discussão. Isso inclui elaborar perguntas-problema que instiguem a turma a pensar sobre corpo, espaço, participação do público e experiência sensorial, bem como definir dinâmicas simples de experimentação: pequenos exercícios de dobradura, manipulação de materiais flexíveis, caminhadas guiadas pelo espaço da escola ou criações de “micro-parangolés” com tecidos e papéis. É útil prever o tempo aproximado para cada etapa e deixar claro quais serão os momentos de fala do professor e de protagonismo dos estudantes.

Outro aspecto importante do preparo prévio é a organização dos materiais físicos. O professor deve verificar com antecedência a disponibilidade de projetor, caixas de som (se utilizar vídeos), folhas sulfite ou papel cartão, tesouras, fitas adesivas, tecidos leves ou plásticos coloridos e quaisquer outros insumos que facilitem experiências táteis e corporais. Se a escola tiver limitações de recursos, o docente pode adaptar a proposta usando materiais reaproveitados, como jornais, revistas, embalagens e retalhos, reforçando inclusive uma perspectiva crítica e sustentável na prática artística.

Por fim, o professor deve planejar como irá registrar e avaliar o processo da aula. Pode preparar uma ficha simples de observação, com critérios como participação, capacidade de argumentar sobre as obras, envolvimento nas atividades e reflexão crítica sobre o papel do público na arte. Também é útil antecipar orientações claras para a turma sobre os objetivos da aula, formas de organização em grupo e critérios de avaliação, garantindo que todos compreendam que o foco não é a “obra perfeita”, mas a experiência, o diálogo e a experimentação, em sintonia com o espírito neoconcreto.

 

Desenvolvimento da aula: introdução (10 minutos)

Nestes primeiros 10 minutos de aula, a proposta é criar um clima de curiosidade e acolhimento, situando brevemente o tema do Neoconcretismo sem antecipar todos os conteúdos teóricos. O professor pode iniciar com uma pergunta provocadora, como: “Vocês já viram uma obra de arte que só faz sentido quando o público participa?”. Em seguida, registra no quadro algumas respostas e associa essas ideias a palavras-chave como participação, corpo, espaço e experiência, que serão retomadas ao longo da aula.

Depois desse aquecimento, vale explicar em linhas gerais que o encontro tratará de um movimento artístico brasileiro, o Neoconcretismo, que questionou a rigidez da arte concreta e abriu caminho para obras mais sensoriais, orgânicas e interativas. Sem entrar ainda em datas ou manifestos, o professor pode destacar que esses artistas queriam aproximar arte e vida, incentivando o público a tocar, vestir, movimentar ou transformar a obra. O objetivo é despertar o interesse para entender por que esse deslocamento foi tão importante na história da arte.

Como recurso visual rápido, o professor pode projetar ou mostrar impressas 2 ou 3 imagens de obras de Lygia Clark, Lygia Pape e Hélio Oiticica, pedindo observações livres dos estudantes: o que mais chama atenção? Parece uma “obra de museu tradicional”? Há convite à participação do corpo? As respostas podem ser organizadas em uma pequena lista no quadro, sem correção imediata, para que funcionem como hipóteses que serão confirmadas ou revisadas ao longo da aula.

Para conectar o tema à experiência cotidiana da turma, o professor pode estabelecer paralelos com instalações imersivas, exposições instagramáveis ou experiências em museus interativos que alguns estudantes talvez já tenham visitado. Essa aproximação ajuda a mostrar que o Neoconcretismo não é apenas um conteúdo distante do passado, mas uma chave para entender muitas formas de arte contemporânea e de cultura visual presentes hoje em redes sociais, exposições e espaços públicos.

Ao final desses 10 minutos iniciais, o professor apresenta de maneira clara os objetivos da aula, explicando que todos irão: (1) conhecer a diferença entre concretismo e neoconcretismo; (2) analisar obras de artistas brasileiros ligados ao movimento; e (3) experimentar, em pequena escala, modos de criar que envolvam corpo, espaço e participação. Assim, os estudantes entendem o percurso da aula e se sentem convidados a participar ativamente das próximas etapas.

 

Atividade principal: investigação e experimentação neoconcreta (30–35 minutos)

Para a etapa central da aula, organize a turma em grupos de 3 a 5 estudantes e apresente rapidamente algumas imagens de obras neoconcretas de artistas como Lygia Clark, Lygia Pape e Hélio Oiticica, projetadas em tela ou impressas em folhas. Peça que cada grupo escolha uma obra de referência e, em seguida, descreva em poucas palavras quais sensações ela provoca e como o corpo do público é chamado a participar: é uma obra para tocar, para vestir, para caminhar dentro, para manipular ou apenas para olhar de outro jeito?

Na sequência, proponha um desafio experimental: cada grupo deverá criar um pequeno “dispositivo neoconcreto” usando materiais simples disponíveis na escola (papel cartão, fita adesiva, barbante, tecidos, sucata limpa, papelão, elásticos, etc.). O objetivo não é produzir um objeto decorativo, mas uma experiência que envolva o corpo e o espaço, rompendo com a ideia de obra totalmente pronta e fechada. Estimule que pensem em ações como dobrar, abrir, atravessar, vestir, montar e desmontar, ou ainda em percursos que convidem o público a se mover pela sala.

Durante o processo de criação, circule entre os grupos fazendo perguntas que ajudem a conectar a prática aos princípios do Neoconcretismo: de que forma a obra só se completa com a participação do outro? Que tipo de relação entre sujeito e objeto vocês querem criar? O trabalho depende do acaso, do toque, do movimento? Relembre trechos do Manifesto Neoconcreto que enfatizam a ideia de “obra viva” e de experiência sensorial, incentivando que os grupos façam anotações rápidas sobre as intenções do experimento.

Reserve alguns minutos finais para que cada grupo apresente seu experimento aos colegas, convidando-os a interagir. Combine regras básicas de cuidado e respeito com os materiais e com o corpo dos participantes, reforçando que o foco da atividade é a experiência compartilhada, não o “acerto” formal. Ao final de cada apresentação, incentive comentários breves sobre o que sentiram ao participar: mudou algo na forma de entender o que é uma obra de arte? O que aproximou ou distanciou o experimento da referência neoconcreta escolhida no início?

Para encerrar a atividade principal, conduza uma síntese coletiva relacionando as descobertas dos grupos com o contexto histórico do Neoconcretismo. Retome conceitos como concretismo, neoconcretismo, obra aberta e interatividade, mostrando como os experimentos realizados em sala dialogam, em escala reduzida, com as propostas radicais dos anos 1950 e 1960. Se possível, registre fotos dos trabalhos (com autorização) e proponha que sejam organizadas em uma pequena exposição na escola ou em um mural virtual, destacando as descrições e reflexões escritas pelos próprios estudantes.

 

Fechamento, avaliação e resumo para os alunos

Nesta etapa de fechamento, o objetivo é retomar com a turma os principais conceitos explorados ao longo da aula: concretismo, neoconcretismo, participação do público, obra aberta e experiência sensorial. Reserve alguns minutos para pedir que os estudantes relatem, em suas próprias palavras, o que conseguiram compreender sobre o Neoconcretismo e de que forma ele se diferencia da arte concreta mais racionalista e geométrica. Valorize interpretações diversas e incentive que façam conexões com situações do cotidiano, com outras linguagens artísticas ou com referências da cultura visual contemporânea.

Para a avaliação, priorize instrumentos que considerem não apenas o produto final, mas o processo de envolvimento dos alunos. Você pode, por exemplo, propor uma autoavaliação guiada, em que cada estudante responda, por escrito ou oralmente: o que aprendi hoje sobre o Neoconcretismo? Em que momento participei de maneira mais ativa? Houve alguma atividade que me fez pensar de um jeito diferente sobre o corpo, o espaço ou a participação do público na obra de arte? Essas perguntas ajudam a evidenciar a dimensão reflexiva da aula, em sintonia com a proposta neoconcreta de ampliar a experiência sensível.

Também é possível realizar uma avaliação formativa em grupo, estimulando que as equipes comentem sobre seus próprios experimentos visuais e corporais. Peça que descrevam quais decisões tomaram, o que funcionou bem e o que poderia ser aprofundado em uma próxima atividade. Caso tenham produzido registros fotográficos ou em vídeo, um breve compartilhamento em sala (ou em plataforma virtual) pode servir para consolidar o aprendizado e tornar visível a diversidade de interpretações do movimento.

Como síntese para os alunos, destaque que o Neoconcretismo, no Brasil, propôs uma arte menos fria e matemática, abrindo espaço para o acaso, para o corpo e para a participação ativa do espectador. Explique que artistas como Lygia Clark, Lygia Pape e Hélio Oiticica buscaram romper as fronteiras tradicionais entre obra e público, convidando as pessoas a tocar, caminhar, vestir ou interagir com seus trabalhos. Reforce que, mais do que decorar datas e nomes, compreender o Neoconcretismo significa perceber como a arte pode questionar padrões e ampliar nossa liberdade de sentir e de pensar o mundo.

Por fim, indique alguns caminhos para quem quiser continuar pesquisando: acervos digitais de museus brasileiros, como os do MAM-Rio, do MAC-USP e do Itaú Cultural, costumam disponibilizar imagens e textos sobre obras neoconcretas. Incentive o uso de vídeos, entrevistas com artistas e pesquisadores, além de materiais de universidades públicas que estejam abertos na internet. Sugira que, em trabalhos futuros, os estudantes retomem essas referências para criar novas propostas interativas, mantendo vivo o espírito experimental e participativo que marcou o Neoconcretismo no Brasil.

 

Rodrigo Terra

Com formação inicial em Física, especialização em Ciências Educacionais com ênfase em Tecnologia Educacional e Docência, e graduação em Ciências de Dados, construí uma trajetória sólida que une educação, tecnologias ee inovação. Desde 2001, dedico-me ao campo educacional, e desde 2019, atuo também na área de ciência de dados, buscando sempre encontrar soluções focadas no desenvolvimento humano. Minha experiência combina um profundo conhecimento em educação com habilidades técnicas em dados e programação, permitindo-me criar soluções estratégicas e práticas. Com ampla vivência em análise de dados, definição de métricas e desenvolvimento de indicadores, acredito que a formação transdisciplinar é essencial para preparar indivíduos conscientes e capacitados para os desafios do mundo contemporâneo. Apaixonado por café e boas conversas, sou movido pela curiosidade e pela busca constante de novas ideias e perspectivas. Minha missão é contribuir para uma educação que inspire pensamento crítico, estimule a criatividade e promova a colaboração.

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