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Biologia – TIPOS DE CIRCULAÇÃO 02: Tipos (Plano de aula – Ensino médio)

Como referenciar este texto: Biologia – TIPOS DE CIRCULAÇÃO 02: Tipos (Plano de aula – Ensino médio). Rodrigo Terra. Publicado em: 09/11/2025. Link da postagem: https://www.makerzine.com.br/educacao/biologia-tipos-de-circulacao-02-tipos-plano-de-aula-ensino-medio/.


 
 

Com base em uma abordagem comparativa e integrada com os conteúdos de ecologia e evolução, os alunos compreenderão os principais tipos de circulação presentes nos invertebrados e vertebrados, diferenciando circulação aberta, fechada, simples e dupla.

Utilizaremos metodologias ativas, como o estudo por investigação e aprendizagem baseada em problemas (ABP), a fim de tornar o conteúdo mais significativo, estimulando o pensamento crítico e científico.

Ao final, os estudantes serão capazes de identificar e classificar diferentes sistemas circulatórios, correlacionando-os com a complexidade dos organismos e seus habitats.

A aula está planejada para duração de 50 minutos, podendo ser expandida ou adaptada conforme o ritmo da turma e recursos disponíveis na escola.

 

Objetivos de Aprendizagem

A aula tem como principal foco levar os alunos do Ensino Médio a reconhecer os diferentes tipos de sistemas circulatórios, incluindo circulação aberta, fechada, simples e dupla. Para isso, serão apresentados modelos esquemáticos e vídeos explicativos que ilustram como esses sistemas funcionam em diferentes grupos animais. Por exemplo, os insetos possuem sistema circulatório aberto, enquanto peixes apresentam circulação simples e fechada.

Os estudantes também serão incentivados a relacionar os tipos de circulação com o grau de complexidade dos organismos. Animais menos complexos, como moluscos e artrópodes, possuem sistemas mais simples, enquanto vertebrados como aves e mamíferos contam com sistemas mais desenvolvidos. A proposta é discutir como a evolução do sistema circulatório se relaciona com fatores como tamanho corporal, metabolismo e habitat dos animais.

Com base em uma perspectiva de morfologia comparada, os alunos utilizarão tabelas e diagramas para comparar estruturas anatômicas e fisiológicas. A atividade prática pode incluir a observação de modelos anatômicos ou simulações virtuais de circulação sanguínea. Desenhos científicos também serão incentivados como forma de consolidar o aprendizado e promover habilidades de observação e registro.

Por fim, serão propostos desafios interativos, como a resolução de problemas relacionados à circulação em animais hipotéticos, incentivando a aplicação dos conceitos aprendidos de forma ativa. Esses objetivos contribuem para a formação de um pensamento crítico em fisiologia comparada e promovem a interdisciplinaridade com áreas como ecologia e evolução.

 

Materiais utilizados

Os materiais sugeridos para esta aula têm o objetivo de proporcionar uma experiência didática interativa e visual, facilitando a compreensão das diferentes formas de circulação nos animais. As cartolinas coloridas e canetas hidrográficas são excelentes para a realização de mapas conceituais, fluxogramas e esquemas desenhados pelos próprios alunos, o que estimula a construção ativa do conhecimento e favorece a memorização por associação visual.

As imagens impressas ou projetadas que ilustram a anatomia comparada entre diferentes sistemas circulatórios (como o de insetos, peixes, anfíbios e mamíferos) ajudam os estudantes a visualizar as estruturas discutidas. Professores podem trabalhar em dinâmicas em que os alunos apontam diferenças e semelhanças, incentivando o pensamento crítico e comparativo. É interessante, por exemplo, apresentar modelos de circulação aberta e fechada e pedir que os estudantes identifiquem vantagens evolutivas de cada um.

O uso de tecnologias digitais, como computadores ou celulares com acesso à internet (quando disponíveis), permite a realização de pesquisas rápidas, acesso a animações interativas sobre circulação e até a aplicação de quizzes online de verificação da aprendizagem. É uma possibilidade para incorporar a metodologia de aprendizagem baseada em problemas, propondo que grupos respondam a perguntas relacionadas aos tipos de circulação de diferentes organismos.

As fichas de atividades e roteiros de investigação organizam o fluxo da aula e orientam os alunos com tarefas claras, o que é fundamental para estratégias de aprendizagem ativa. Elas podem conter perguntas norteadoras, espaços para hipóteses e conclusões, além de direcionar os alunos ao trabalho em equipe, promovendo a troca de conhecimento entre os pares. A combinação desses materiais potencializa a aprendizagem significativa e permite a adaptação da dinâmica conforme o perfil da turma.

 

Metodologia utilizada e justificativa

A aula será conduzida prioritariamente com base na aprendizagem por investigação e no uso de métodos visuais e comparativos, permitindo que os alunos explorem, interpretem e construam seu conhecimento com protagonismo. Essa abordagem coloca os estudantes no centro do processo de aprendizagem, incentivando a formulação de hipóteses, a experimentação e a validação de ideias a partir da análise de casos reais ou simulados sobre tipos de circulação nos animais.

Para enriquecer a experiência, serão utilizados diagramas comparativos de sistemas circulatórios (aberto x fechado, simples x duplo), vídeos curtos explicativos e modelos físicos ou digitais. Por exemplo, os estudantes poderão montar esquemas com tubos e líquidos coloridos para simular os diferentes fluxos sanguíneos, observando como o sistema de circulação se comporta dependendo da anatomia e fisiologia do animal.

A análise comparada entre diferentes sistemas circulatórios será também uma oportunidade de fomentar a interdisciplinaridade, promovendo conexões com conteúdos de Ecologia (como a adaptação ao meio ambiente) e Evolução (como a complexificação dos sistemas ao longo do tempo). Essas conexões tornam a aula mais contextualizada e significativa, fortalecendo o pensamento sistêmico dos alunos.

Essa proposta visa desenvolver habilidades fundamentais conforme descrito pela BNCC, tais como observação, descrição, argumentação científica e raciocínio lógico. Além disso, promove o trabalho colaborativo e a comunicação oral ao incentivar a apresentação das descobertas entre grupos, permitindo uma aprendizagem ativa e efetiva.

 

Desenvolvimento da Aula

Preparo da aula

Antes de iniciar a aula, é fundamental que o professor organize imagens representando os diferentes sistemas circulatórios – aberto, fechado, simples e duplo – presentes em diversos grupos animais, como insetos, moluscos, peixes e mamíferos. Essas imagens servirão como suporte visual para facilitar o entendimento dos estudantes. Além disso, recomenda-se imprimir roteiros de investigação com perguntas norteadoras, promovendo o pensamento científico entre os alunos. A utilização de recursos digitais como o Museu de Ciências da USP pode enriquecer a experiência didática, oferecendo comparações interativas e animações de fisiologia animal.

Introdução da aula (10 min)

Para ativar os conhecimentos prévios e despertar a curiosidade, comece com perguntas provocadoras, como “Todos os animais têm coração?” ou “Existem vantagens em ter um sistema circulatório mais simples?”. Em seguida, apresente um mapa mental no quadro, conectando as ideias centrais sobre tipos de circulação. Incentive os alunos a sugerirem exemplos de animais e seus possíveis sistemas. Essa abordagem dialógica engaja a turma e favorece uma aprendizagem significativa desde o início.

Atividade principal (30 a 35 min)

Os estudantes podem ser divididos em quatro grupos, onde cada grupo explora um tipo de circulação. A partir da investigação com materiais visuais e roteiros, os grupos montarão cartazes explicativos com as características do sistema analisado, incluindo vantagens, desvantagens e exemplos de animais. A apresentação para os colegas fomenta a construção coletiva de conhecimento e permite a comparação entre os sistemas. O professor deve circular entre os grupos, promovendo o debate e conduzindo a reflexão para as implicações fisiológicas e evolutivas de cada tipo de circulação.

Fechamento (5 a 10 minutos)

Finalize a aula com uma síntese dialogada, destacando os principais conceitos abordados e conectando-os com temas de evolução e adaptação. Propor reflexões como “Por que certos vertebrados evoluíram para circulações duplas?” ajuda os alunos a integrarem conhecimento. Para consolidar o aprendizado, sugira o uso do Canal da UNIVESP, que oferece recursos complementares sobre fisiologia animal e sistemas circulatórios.

 

Avaliação / Feedback

A avaliação será feita de forma formativa, através da observação durante a atividade colaborativa em grupo, da coerência das apresentações e da participação durante o fechamento da aula. Esse tipo de avaliação permite ao professor acompanhar o progresso dos alunos em tempo real, ajustando a condução da aula conforme as necessidades emergentes. Durante as apresentações em grupo, por exemplo, o professor pode avaliar competências como argumentação, domínio do conteúdo e capacidade de trabalhar em equipe.

O professor poderá aplicar também uma pergunta reflexiva escrita ao final da aula: “Qual é a principal vantagem da circulação dupla em mamíferos em relação à circulação simples em peixes?”. Essa abordagem estimula o pensamento crítico e ajuda a verificar a compreensão do conceito de forma individualizada, além de fomentar a habilidade de síntese dos alunos. Uma sugestão é pedir que os estudantes justifiquem suas respostas com base nas adaptações fisiológicas e na eficiência do transporte de oxigênio.

Como complemento, pode-se utilizar rubricas simples que indiquem se o aluno conseguiu identificar corretamente o tipo de circulação discutido no caso apresentado, se relacionou o sistema ao grupo de animais correto e se argumentou de forma lógica. Isso proporciona maior transparência nos critérios avaliativos e reforça a metacognição entre os estudantes.

Para fomentar a autorreflexão, o professor pode ainda solicitar que cada grupo avalie o próprio desempenho com base em critérios previamente combinados, como clareza na comunicação, divisão de tarefas e aproveitamento do tempo. Isso gera corresponsabilidade pelo aprendizado e fortalece a autonomia dos alunos.

 

Resumo para os alunos

Nesta aula, estudamos os diferentes tipos de sistemas circulatórios existentes no reino animal, entendendo suas características principais e a quais grupos eles pertencem. Observamos que a circulação pode ser aberta, como nos insetos, onde o sangue (ou hemolinfa) não circula totalmente por vasos, ou fechada, como nos vertebrados, onde o sangue permanece dentro de vasos sanguíneos.

Também aprendemos sobre a circulação simples, na qual o sangue passa apenas uma vez pelo coração a cada ciclo, comum em peixes, e a circulação dupla, onde o sangue passa duas vezes pelo coração, característica dos répteis, aves e mamíferos. Essa adaptação permite uma separação mais eficiente entre o sangue rico e o pobre em oxigênio, o que é essencial para organismos com maior demanda energética.

Uma atividade interessante em sala é pedir que os alunos criem esquemas comparativos desses sistemas em uma cartolina ou apresentação digital, destacando os caminhos do sangue nos diferentes tipos e que animais os representam. Essa visualização concreta ajuda a fixar os conteúdos de maneira mais eficaz.

Para aprofundar, recomendo o vídeo da UNIVESP sobre fisiologia animal, disponível em: https://www.univesptv.br/materia/biologia-fisiologia-animal-sistemas-circulatorio.

 

Rodrigo Terra

Com formação inicial em Física, especialização em Ciências Educacionais com ênfase em Tecnologia Educacional e Docência, e graduação em Ciências de Dados, construí uma trajetória sólida que une educação, tecnologias ee inovação. Desde 2001, dedico-me ao campo educacional, e desde 2019, atuo também na área de ciência de dados, buscando sempre encontrar soluções focadas no desenvolvimento humano. Minha experiência combina um profundo conhecimento em educação com habilidades técnicas em dados e programação, permitindo-me criar soluções estratégicas e práticas. Com ampla vivência em análise de dados, definição de métricas e desenvolvimento de indicadores, acredito que a formação transdisciplinar é essencial para preparar indivíduos conscientes e capacitados para os desafios do mundo contemporâneo. Apaixonado por café e boas conversas, sou movido pela curiosidade e pela busca constante de novas ideias e perspectivas. Minha missão é contribuir para uma educação que inspire pensamento crítico, estimule a criatividade e promova a colaboração.

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