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GoConqr: ferramentas para criar e compartilhar recursos educativos

Como referenciar este texto: GoConqr: ferramentas para criar e compartilhar recursos educativos. Rodrigo Terra. Publicado em: 31/12/2025. Link da postagem: https://www.makerzine.com.br/educacao/goconqr-ferramentas-para-criar-e-compartilhar-recursos-educativos/.


 
 

Para docentes, a plataforma funciona como um repositório dinâmico: é possível organizar conteúdos por tópicos, reutilizar materiais em turmas diferentes e acompanhar o desempenho por meio de testes. Sua curva de aprendizagem é baixa, permitindo rápida adoção em contextos presenciais e remotos.

Neste texto apresento usos práticos, estratégias pedagógicas e dicas para integrar o GoConqr às suas rotinas de planejamento e avaliação formativa, com foco em metodologias ativas e aprendizagem significativa.

 

Visão geral: recursos e interface

GoConqr oferece cinco ferramentas principais: mapas mentais, flashcards, quizzes, notas e slides. Cada recurso dispõe de um editor próprio com opções de formatação, inserção de imagens e organização de conteúdo para adaptar atividades ao nível da turma e aos objetivos de aprendizagem.

A plataforma facilita a organização de materiais em pastas públicas ou privadas, e permite pesquisar e reutilizar conteúdos criados por outros usuários. É possível importar imagens e anexos, classificar recursos por tags e estruturar coleções por tópicos, o que torna o fluxo intuitivo mesmo para professores com pouca familiaridade tecnológica.

Os editores são pensados para diferentes tipos de atividade: os mapas mentais funcionam com arrastar e soltar para hierarquizar ideias; os flashcards suportam revisões espaçadas e grupos de cartões; o criador de quizzes aceita múltipla escolha, verdadeiro/falso e questões abertas; as notas permitem texto rico e links; e os slides servem para organizar sequências didáticas com modelos prontos.

Além da criação, GoConqr oferece recursos de compartilhamento e colaboração: você pode publicar materiais, enviar links privados para turmas, ou integrar conteúdos em ambientes virtuais de aprendizagem via embed. Professores também conseguem acompanhar o desempenho por meio de relatórios dos quizzes, usando os resultados para ajustar atividades e intervenções formativas.

Do ponto de vista prático, a plataforma é compatível com dispositivos móveis e possibilita reutilizar materiais entre turmas, combinar diferentes ferramentas em rotinas de estudo e aplicar estratégias de aprendizagem ativa. Dicas rápidas: combine mapas mentais com quizzes para revisão de conceitos, use flashcards para fixação e organize recursos em pastas por unidade curricular para facilitar o planejamento.

 

Mapas mentais: organizar e conectar conceitos

Use mapas mentais para estruturar unidades, sequenciar conteúdos e evidenciar relações entre conceitos. Comece pelo núcleo (tema) e expanda com ramos para subtemas e exemplos.

Na sala, proponha atividades de construção colaborativa: grupos criam mapas sobre um tópico e depois apresentam, fomentando a argumentação e a revisão coletiva.

Para avaliação formativa, peça que estudantes adicionem no mapa evidências, dúvidas e conexões com outros temas; isso permite ao professor identificar lacunas e orientar intervenções. Mapas digitais facilitam a revisão, edição e compartilhamento, e servem como artefato de aprendizagem que pode ser reaproveitado em ciclos posteriores.

Incentive a integração dos mapas com outras estratégias: transforme ramos centrais em tópicos de estudo para flashcards ou crie quizzes a partir das conexões geradas. Use cores, ícones e limites de ramos para tornar a visualização mais clara e apoiar estudantes na organização do pensamento.

 

Flashcards temáticos: vocabulário e memorização ativa

Crie conjuntos de flashcards para revisar vocabulário, fórmulas ou datas. Organize por temas e use imagens para reforçar a associação visual, especialmente em aulas de línguas e ciências. Ao agrupar por contexto (por exemplo, ‘vocabulário: viagem’ ou ‘fórmulas: termodinâmica’), os alunos conseguem ativar redes semânticas que facilitam a recuperação.

Projete cada cartão com clareza: pergunta curta na frente e resposta objetiva no verso; inclua exemplos de uso ou uma frase contextual quando for útil. Sempre que possível, adicione suporte multimídia — imagens para estímulo visual e gravações de áudio para pronúncia — pois a combinação sensorial fortalece a memória.

Incentive a prática regular: sessões curtas de repetição ativa (estilo spaced repetition) aumentam retenção. Os alunos também podem criar e compartilhar decks entre si, promovendo revisão colaborativa e possibilitando que docentes selecionem ou avaliem conjuntos criados pelos estudantes.

Use etiquetas e categorias para facilitar a revisão diferenciada: marque cartões por nível de dificuldade, por unidade curricular ou por tipo (definição, data, fórmula). Misture tipos de cartões em sessões de revisão para evitar aprendizagem dependente do contexto e inclua intervalos de autoavaliação com quizzes rápidos.

Para os docentes, os flashcards funcionam como ferramenta formativa: acompanhe quais termos geram mais erros e replique com atividades de reforço. Promova desafios, competição saudável e projetos de criação de decks como tarefa — isso transforma a memorização em atividade criativa e fortalece a autonomia do estudante.

 

Quizzes: avaliação formativa e feedback imediato

Os quizzes permitem perguntas de múltipla escolha, verdadeiro/falso e resposta curta. Configure tempo, número de tentativas e retroalimentação para cada questão. É possível definir feedback imediato para cada alternativa, mostrando explicações e links de aprofundamento assim que o aluno responde, o que potencializa processos de aprendizagem por reação rápida e correção de erros conceituais.

Use quizzes diagnósticos antes de uma unidade e formativos durante o percurso para mapear dificuldades. Os relatórios ajudam a identificar padrões de erro e ajustar intervenções pedagógicas. Ao aplicar diagnósticos, foque em itens-chave que revelem pré-requisitos e conceitos fundamentais; já nos formativos, prefira questões que promovam reflexão e autorregulação, com feedback que incentive a tentativa e o refinamento.

Projetar bons quizzes exige atenção às alternativas (distratores plausíveis), à clareza das enunciados e ao nível de dificuldade. Intercale tipos de questão para avaliar habilidades diferentes — compreensão, aplicação e análise — e use cronogramas e randomização de itens para reduzir colas e aumentar validade. Inclua instruções claras sobre limites de tempo e critérios de avaliação para evitar ansiedade desnecessária.

Os dados gerados pelos quizzes são valiosos para docentes: indicadores de acerto por item, tempo médio de resposta e distribuição de tentativas orientam decisões sobre revisão de conteúdo e intervenções direcionadas. Integre os resultados ao seu planejamento, reutilize questões para monitoramento de progresso e compartilhe relatórios com estudantes para promover metacognição. Quando disponível, sincronize com LMS para centralizar históricos e facilitar comunicação com famílias.

Na prática, comece com quizzes curtos e frequentes, ofereça feedback construtivo e use os resultados para criar atividades de remediação ou aprofundamento. Valorize o caráter formativo dos quizzes — não apenas como medidores de desempenho, mas como ferramentas para guiar a aprendizagem. Por fim, preste atenção à acessibilidade (tempo adicional, leitura de itens) e à privacidade dos dados ao configurar avaliações online.

 

Trabalho colaborativo e compartilhamento

GoConqr facilita o trabalho em grupos por meio de pastas e links de compartilhamento. Professores podem criar repositórios por turma e permitir que alunos editem ou submetam recursos, centralizando materiais e simplificando o fluxo de atividades.

Promova projetos interdisciplinares: estudantes elaboram mapas, flashcards e quizzes sobre um tema e trocam feedback entre equipes, desenvolvendo autonomia e competências sociais. A biblioteca colaborativa aumenta a diversidade de recursos e incentiva a pesquisa ativa.

Para organizar a colaboração, defina papéis e permissões: mantenha pastas públicas para recursos de referência, pastas restritas para entregas e use links de edição para trabalhos em grupo. Combine isso com prazos claros e rubricas para orientar a qualidade das entregas.

Além disso, use as funcionalidades de revisão para atividade entre pares e reflexão: solicite que cada equipe comente recursos de outra, registre alterações e apresente versões finais. Professores podem usar os quizzes e análises de engajamento como instrumentos de avaliação formativa para ajustar as próximas sequências didáticas.

 

Integração prática: planos de aula e dicas rápidas

Planeje ciclos curtos: introduza o tema com um mapa mental para ativar conhecimentos prévios, proponha prática com flashcards para consolidar conceitos e conclua com um quiz para verificação formativa. Salve versões antigas dos recursos para acompanhar a evolução da atividade e adaptar materiais a diferentes níveis de aprendizagem ao longo do tempo.

Ao montar o plano de aula, vincule cada recurso a um objetivo de aprendizagem claro — mapas para síntese, slides para exposição guiada, quizzes para diagnóstico e flashcards para revisão espaçada. Estime tempos por atividade, prepare alternativas e organize transições rápidas entre os formatos para manter ritmo e engajamento.

Organize seu repositório no GoConqr com títulos concisos, etiquetas temáticas e coleções por unidade ou competência. Agrupar conteúdos facilita a reutilização entre turmas e a personalização; teste todos os recursos antes da aula (links, ordem dos slides, imagens) para evitar problemas técnicos e garantir uma experiência fluida.

Estimule a autoria estudantil pedindo que alunos criem mapas mentais, flashcards e quizzes como parte da avaliação formativa. Promova revisão por pares e utilize os dados de desempenho para oferecer feedback direcionado, montar portfólios digitais e ajustar intervenções pedagógicas conforme necessidades individuais.

Dicas rápidas:

  • Use títulos claros e objetivos;
  • Agrupe conteúdos por etiquetas e níveis;
  • Teste recursos antes da aula e prepare versões off-line quando necessário;
  • Incentive revisões periódicas e microlearning.

Para aprofundar, consulte a página oficial: GoConqr.

 

Rodrigo Terra

Com formação inicial em Física, especialização em Ciências Educacionais com ênfase em Tecnologia Educacional e Docência, e graduação em Ciências de Dados, construí uma trajetória sólida que une educação, tecnologias ee inovação. Desde 2001, dedico-me ao campo educacional, e desde 2019, atuo também na área de ciência de dados, buscando sempre encontrar soluções focadas no desenvolvimento humano. Minha experiência combina um profundo conhecimento em educação com habilidades técnicas em dados e programação, permitindo-me criar soluções estratégicas e práticas. Com ampla vivência em análise de dados, definição de métricas e desenvolvimento de indicadores, acredito que a formação transdisciplinar é essencial para preparar indivíduos conscientes e capacitados para os desafios do mundo contemporâneo. Apaixonado por café e boas conversas, sou movido pela curiosidade e pela busca constante de novas ideias e perspectivas. Minha missão é contribuir para uma educação que inspire pensamento crítico, estimule a criatividade e promova a colaboração.

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