Como referenciar este texto: Gramática – Pronomes: interrogativos (Plano de aula – Ensino médio). Rodrigo Terra. Publicado em: 12/12/2025. Link da postagem: https://www.makerzine.com.br/educacao/gramatica-pronomes-interrogativos-plano-de-aula-ensino-medio/.
Os pronomes interrogativos aparecem em praticamente todas as interações comunicativas da vida cotidiana: em uma conversa no corredor da escola, em um formulário de inscrição no vestibular ou nas perguntas de um enunciado de prova. Dominar essa classe gramatical é essencial tanto para a escrita formal quanto para a leitura crítica de textos, especialmente na etapa do ensino médio.
Este plano de aula trabalha a definição, o emprego e os valores dos pronomes interrogativos, articulando gramática, interpretação de textos e produção escrita. A proposta alia explicitação teórica a atividades de investigação linguística, aproximando o conteúdo da realidade dos estudantes e do tipo de leitura exigida em exames como ENEM e vestibulares.
Ao longo da aula, os alunos serão convidados a observar perguntas presentes em diálogos, reportagens e formulários, identificando quais pronomes interrogativos aparecem, que tipo de informação eles solicitam e quais efeitos de sentido podem produzir. A ênfase recai na compreensão de termos de referência: a que palavra ou ideia o pronome se conecta, em cada caso.
Como metodologia ativa, sugere-se uma sequência baseada em sala de aula invertida leve e em trabalho colaborativo, para que os estudantes construam, em grupos, um pequeno “guia prático” de uso dos pronomes interrogativos, com exemplos reais do cotidiano escolar, digital e familiar. Recursos abertos de universidades públicas brasileiras complementam o trabalho, oferecendo exercícios e materiais de apoio.
No fim da aula, o professor terá um diagnóstico mais claro sobre as dificuldades de seus alunos em formular e interpretar perguntas de modo adequado em contextos diversos, podendo retomar o tema em propostas interdisciplinares com Língua Portuguesa (Leitura e Redação), Sociologia e Filosofia, em debates e seminários.
Objetivos de aprendizagem
Ao final desta sequência de aula, espera-se que os estudantes sejam capazes de reconhecer e empregar corretamente os pronomes interrogativos em diferentes gêneros textuais, como diálogos, reportagens jornalísticas, formulários e enunciados de prova. Os alunos deverão identificar quais são os principais pronomes interrogativos da língua portuguesa, compreendendo sua forma, função sintática mais frequente e relação com o tipo de informação solicitada (pessoa, coisa, lugar, modo, motivo, quantidade, entre outras).
Outro objetivo central é desenvolver a habilidade de interpretar perguntas de maneira crítica, percebendo que a escolha de determinados pronomes interrogativos pode direcionar o foco da discussão, sugerir pontos de vista e influenciar a resposta esperada. Assim, o estudante será levado a analisar como a formulação de questões em entrevistas, pesquisas de opinião e provas pode revelar intenções, recortes de tema e até certo grau de parcialidade.
Também se pretende que os alunos aprimorem a competência de formular perguntas claras, coerentes e adequadas ao contexto comunicativo, tanto na fala quanto na escrita. Isso inclui revisar dúvidas comuns, como o uso de “que” x “qual”, a posição do pronome na frase e a presença ou não de preposições junto a pronomes como “quem” e “onde”. A produção de perguntas para entrevistas simuladas, debates em sala e formulários escolares será um indicador dessa aprendizagem.
Em termos de letramento para exames, os estudantes deverão ser capazes de ler enunciados complexos do ENEM e de vestibulares, identificando com precisão o que se pede em cada questão a partir do pronome interrogativo utilizado. O objetivo é reduzir erros por má interpretação do comando, ampliando a autonomia na resolução de provas, tarefas e atividades on-line que envolvam leitura atenta de instruções.
Por fim, busca-se promover uma atitude investigativa diante da língua, estimulando os alunos a observar o uso real dos pronomes interrogativos em seu cotidiano digital e presencial. Ao construir, em grupos, um “guia prático” de perguntas, espera-se que percebam a gramática não como um conjunto de regras abstratas, mas como um instrumento de interação social, argumentação e organização do pensamento em situações concretas de comunicação.
Materiais utilizados e preparo prévio do professor
Para o desenvolvimento deste plano de aula, o professor deverá organizar um conjunto de materiais que favoreçam a observação real do uso dos pronomes interrogativos. Recomenda-se separar cópias impressas ou digitais de pequenos textos variados, como trechos de diálogos de HQs, entrevistas jornalísticas, formulários de inscrição (ENEM, vestibular, cursos técnicos) e capturas de tela de conversas em aplicativos de mensagem, previamente anonimizadas. Esses textos servirão como base para a identificação dos pronomes quem, que, qual, quanto e suas variações, permitindo evidenciar a função interrogativa em contextos autênticos.
Além desses materiais, é importante que o professor disponha de recursos para registro coletivo: quadro branco ou lousa digital, projetor multimídia e, se possível, um aplicativo de quadro colaborativo on-line para turmas que tenham acesso a celulares ou laboratório de informática. Cartolinas, canetas coloridas e post-its também podem ser utilizados para a produção do “guia prático” de pronomes interrogativos, favorecendo uma visualização clara de exemplos e regras construídas pelos próprios alunos. O uso de dicionários (físicos ou on-line) é recomendável para explorar nuances de sentido e esclarecer dúvidas de vocabulário presentes nos textos.
No preparo prévio, o professor deverá revisar conceitualmente a classe dos pronomes interrogativos, distinguindo-os de pronomes relativos e advérbios interrogativos, frequentemente confundidos pelos estudantes. É interessante selecionar exemplos que mostrem como a posição do pronome na frase, o contexto e a pontuação interferem na interpretação da pergunta. Também vale mapear dúvidas recorrentes em turmas anteriores, como o uso de qual versus que, ou as diferenças entre quanto e expressões de quantidade sem valor interrogativo, para antecipar explicações mais pontuais durante a aula.
Outra etapa importante do preparo é a elaboração de um roteiro de atividades em ordem crescente de complexidade: iniciar com a simples identificação de pronomes interrogativos em frases isoladas, avançar para a análise de perguntas em textos mais longos e, por fim, propor a produção de questões pelos próprios estudantes. O professor pode montar uma ficha de trabalho ou uma sequência de slides com exemplos graduados, bem como criar pequenos bancos de questões que imitem o estilo do ENEM e de vestibulares, destacando como os pronomes interrogativos aparecem em enunciados de prova. Esse material facilitará o vínculo entre o conteúdo gramatical e a realidade avaliativa que os alunos enfrentam.
Por fim, o professor deve planejar estratégias de avaliação formativa, definindo quais evidências de aprendizagem serão observadas ao longo da aula: participação oral nas discussões, capacidade de justificar por que uma palavra é (ou não) um pronome interrogativo, clareza na formulação de perguntas escritas e qualidade do “guia prático” produzido pelos grupos. É útil preparar uma breve rubrica com critérios objetivos (uso adequado do pronome, pertinência dos exemplos, correção gramatical básica) para orientar devolutivas mais precisas aos estudantes, permitindo que o conteúdo seja retomado em aulas futuras de leitura, produção textual ou revisão para exames.
Metodologia ativa e justificativa pedagógica
A escolha por uma metodologia ativa neste plano de aula se fundamenta na compreensão de que o estudo de gramática só ganha sentido pleno quando o estudante é colocado como investigador da própria língua. Em vez de receber listas prontas de regras sobre pronomes interrogativos, os alunos são convidados a analisar situações reais de uso — perguntas em diálogos, formulários, provas, entrevistas e postagens digitais — para identificar padrões e formular hipóteses sobre o funcionamento dessa classe de palavras. Essa postura investigativa aproxima a gramática do cotidiano, reduz a sensação de artificialidade do conteúdo e estimula a autonomia intelectual.
A sala de aula invertida, ainda que em formato leve, permite que parte do contato inicial com a teoria aconteça antes do encontro presencial, por meio de vídeos curtos, textos de apoio e exercícios diagnósticos. Dessa forma, o tempo em aula é destinado prioritariamente a atividades de exploração, discussão e aplicação prática: analisar trechos de reportagens, reconstruir perguntas mal formuladas, comparar usos mais formais e informais dos pronomes interrogativos. O professor atua como mediador, ajudando os estudantes a sistematizar as descobertas e a explicitar as regras que emergem da observação.
O trabalho colaborativo em grupos é outro pilar da metodologia. Ao produzir um “guia prático” de pronomes interrogativos, utilizando exemplos coletados no ambiente escolar, nos aplicativos de mensagem e em provas anteriores, os estudantes negociam sentidos, debatem a pertinência de cada exemplo e assumem diferentes papéis (pesquisador, revisor, redator). Essa dinâmica fortalece competências socioemocionais, como escuta e argumentação, ao mesmo tempo em que aprofunda a compreensão linguística, pois os alunos precisam justificar escolhas, explicar regras e revisar a produção coletiva.
Do ponto de vista pedagógico, a abordagem se alinha às diretrizes de uma educação voltada para a formação de leitores críticos e produtores competentes de textos. Ao relacionar pronomes interrogativos a práticas concretas de leitura (provas, formulários, entrevistas) e de produção de enunciados (perguntas para debates, questionários de pesquisa, roteiros de entrevista), o plano favorece a transferência do conhecimento gramatical para situações autênticas. Além disso, abre espaço para conexões interdisciplinares com Sociologia e Filosofia, quando os estudantes elaboram perguntas problematizadoras e percebem como a formulação das questões influencia a qualidade das respostas.
Por fim, a justificativa pedagógica inclui o foco em avaliação formativa. As atividades propostas funcionam como instrumentos de diagnóstico contínuo: ao observar como os estudantes formulam perguntas, identificam termos de referência e interpretam enunciados, o professor consegue mapear dificuldades específicas, como ambiguidade, uso inadequado de registro ou confusão entre pronomes interrogativos e indefinidos. Esses dados orientam intervenções futuras, ajustes no ritmo da sequência e recuperação paralela, tornando o ensino de pronomes interrogativos mais eficaz, contextualizado e alinhado às necessidades reais da turma.
Desenvolvimento da aula: introdução (10 minutos)
Nos primeiros 10 minutos da aula, o objetivo é ativar os conhecimentos prévios dos estudantes e explicitar claramente o foco do encontro: o uso dos pronomes interrogativos em situações reais de comunicação. O professor pode iniciar com uma breve conversa guiada, projetando no quadro algumas perguntas cotidianas, como formulários de inscrição, prints de conversas em aplicativos de mensagem ou trechos de provas anteriores do ENEM e vestibulares. A partir desses exemplos, solicita-se que a turma identifique quais palavras estão pedindo informação e que tipo de dado elas buscam.
Em seguida, o professor apresenta de maneira sintética o conceito de pronome interrogativo, sem ainda entrar em classificações detalhadas. É importante que essa primeira explicação esteja diretamente ligada aos exemplos já observados, mostrando que termos como “que”, “qual”, “quem”, “quanto” e “onde” não aparecem isolados, mas relacionados a um contexto e a uma necessidade comunicativa específica. Nesse momento, vale registrar no quadro as hipóteses dos alunos sobre o porquê de se escolher um pronome e não outro em cada pergunta.
Para consolidar essa etapa introdutória, o professor pode propor uma rápida atividade de sondagem: em duplas ou trios, os estudantes reescrevem uma das perguntas projetadas, trocando o pronome interrogativo por outro e discutindo se o sentido se mantém, se muda totalmente ou se a pergunta deixa de fazer sentido. Essa pequena intervenção já permite que percebam, na prática, que pronomes diferentes solicitam informações distintas (pessoas, quantidades, lugares, motivos etc.).
Por fim, o docente retoma as respostas e comentários das duplas, sistematizando em voz alta os principais achados: quais pronomes apareceram com mais frequência, em que tipos de textos foram encontrados e que dificuldades surgiram ao tentar substituí-los. Essa síntese prepara o terreno para a parte expositiva e de investigação linguística da aula, na qual serão detalhados os valores semânticos e os usos normativos dos pronomes interrogativos, sempre articulando teoria, leitura e produção de textos.
Desenvolvimento da aula: atividade principal (30–35 minutos)
Nesta etapa central da aula, organize a turma em grupos de 3 a 5 estudantes e distribua a cada grupo um conjunto de materiais curtos: pequenos diálogos (tirinhas, mensagens de aplicativo, legendas de redes sociais) e trechos de reportagens ou formulários de inscrição que contenham perguntas. A tarefa inicial é localizar e sublinhar todos os pronomes interrogativos, como quem, que, qual, quanto/quanta/quantos/quantas e formas compostas como por que e para que. Em seguida, cada grupo deve completar uma pequena tabela indicando que tipo de informação cada pronome solicita (pessoa, coisa, quantidade, motivo, finalidade, etc.).
Depois dessa identificação, proponha que os grupos analisem o contexto em que as perguntas aparecem: quem pergunta, para quem, com qual objetivo comunicativo e em qual gênero textual. Oriente-os a observar os efeitos de sentido: a mesma pergunta pode soar neutra, irônica, agressiva ou acolhedora, dependendo do contexto e da escolha do pronome. Por exemplo, compare Que é isso? e O que é isso, por favor?. Peça que os alunos discutam como pequenas mudanças estruturais alteram o tom da pergunta e o tipo de resposta esperada, registrando suas conclusões em frases curtas.
Na sequência, faça uma rápida sistematização coletiva no quadro. Peça a um representante de cada grupo que compartilhe um exemplo de pergunta retirado do material e explique qual pronome interrogativo foi usado e por quê. Sistematize, de forma organizada, os diferentes valores dos pronomes interrogativos: identidade (quem), escolha entre opções (qual), natureza ou conteúdo (que / o que), quantidade (quanto), causa (por que) e finalidade (para que). Sempre que possível, conecte esses usos a questões de provas e exames que os estudantes já tenham visto.
Concluída a sistematização, proponha uma atividade de produção: cada grupo deverá criar um pequeno “guia prático de perguntas eficientes”, destinado a colegas que irão prestar ENEM ou vestibulares. Nesse guia, deverão constar, em linguagem simples, uma explicação breve sobre cada pronome interrogativo, exemplos de perguntas bem formuladas e dicas de como interpretar enunciados de prova que os utilizem. Incentive os alunos a usar situações reais do cotidiano (como pedir informação num serviço público, tirar dúvida com um professor ou responder a um formulário on-line) para tornar o guia mais concreto e útil.
Para fechar a atividade principal, promova uma rápida exposição oral: cada grupo apresenta em 2–3 minutos os principais pontos de seu guia, destacando pelo menos um erro comum com pronomes interrogativos que os colegas devem evitar (por exemplo, confundir por que com porque ao formular perguntas escritas). Enquanto os grupos apresentam, o professor registra no quadro as melhores formulações e dicas, construindo coletivamente um quadro-resumo da aula. Esse quadro poderá ser fotografado e compartilhado com a turma em ambiente virtual, servindo de material de revisão para avaliações futuras.
Fechamento, avaliação e feedback (5–10 minutos)
Para o fechamento da aula, retome coletivamente os principais pontos trabalhados sobre pronomes interrogativos, pedindo que alguns estudantes expliquem com suas próprias palavras o que aprenderam. Você pode escrever no quadro uma síntese com os pronomes mais frequentes (como, quando, por que, qual, quanto, quem etc.) e, em seguida, solicitar que a turma dê exemplos de perguntas reais em que esses pronomes apareçam. Essa sistematização rápida ajuda a consolidar o conteúdo e explicita a relação entre forma gramatical e intenção comunicativa.
Em seguida, proponha uma breve atividade avaliativa formativa: peça que cada aluno escreva, em um pequeno bilhete, duas perguntas bem formuladas usando pronomes interrogativos, relacionadas ao cotidiano escolar ou aos exames externos (como ENEM e vestibulares). Uma das perguntas pode focar em coleta de informação objetiva, e a outra em interpretação ou opinião. Recolha os bilhetes, faça uma leitura panorâmica e comente, em voz alta, exemplos que estejam especialmente claros ou que mereçam pequenos ajustes, sempre de maneira respeitosa e construtiva.
Reserve alguns minutos específicos para o feedback dos alunos sobre a aula. Você pode projetar ou escrever perguntas como: “O que ficou mais claro sobre pronomes interrogativos hoje?”, “O que ainda causa dúvida?” e “Que tipo de atividade ajudaria você a praticar mais esse conteúdo?”. Os estudantes podem responder oralmente, por meio de votos rápidos com as mãos ou em anotações anônimas, dependendo do perfil da turma e do tempo disponível.
Com base nesse retorno, apresente o encaminhamento para as próximas aulas: indique se haverá uma retomada pontual do conteúdo, exercícios extras, uma atividade de produção de perguntas para debates em outras disciplinas ou uma proposta de revisão voltada para exames. É importante que os alunos percebam que o feedback fornecido é realmente considerado no planejamento docente, fortalecendo o vínculo pedagógico e a corresponsabilidade pelo processo de aprendizagem.
Por fim, se o tempo permitir, proponha que um ou dois grupos compartilhem rapidamente partes do “guia prático” de pronomes interrogativos que produziram, destacando exemplos criados a partir de textos jornalísticos, formulários ou diálogos digitais. Esse momento de socialização valoriza o esforço da turma, estimula a autoria dos estudantes e encerra a aula reforçando a ideia de que compreender e formular boas perguntas é uma competência central para a leitura crítica e para a participação ativa em diferentes esferas sociais.
Resumo para apresentar aos alunos e possibilidades interdisciplinares
Este plano de aula sobre pronomes interrogativos tem como objetivo central ajudar você a compreender melhor como formulamos perguntas em diferentes situações do dia a dia, da conversa entre amigos às provas de vestibular. Ao longo da aula, vamos explorar quais são os principais pronomes interrogativos, como eles se relacionam com outras palavras da frase e de que maneira influenciam o sentido do que perguntamos. A proposta é que você perceba a gramática não como um conjunto de regras soltas, mas como uma ferramenta para ler e escrever com mais clareza e precisão.
Para isso, partiremos de textos e situações reais: diálogos, formulários, reportagens, postagens em redes sociais e questões de exames como ENEM. Você será convidado a identificar, nesses materiais, quais pronomes interrogativos aparecem, que tipo de informação eles pedem (pessoa, lugar, motivo, quantidade, modo etc.) e quais são os possíveis efeitos de sentido produzidos pelas perguntas. Também vamos discutir como pequenas mudanças, como trocar um pronome por outro, podem alterar o foco da questão ou até gerar dupla interpretação.
A aula também propõe atividades práticas em grupo, nas quais vocês construirão um pequeno guia de uso dos pronomes interrogativos, com exemplos coletados do cotidiano escolar, familiar e digital. Esse guia pode ser apresentado para a turma, servir de material de revisão antes das provas e até ser adaptado para formatos digitais, como um infográfico, um pequeno e-book ou uma sequência de posts explicativos. Assim, além de revisar o conteúdo gramatical, vocês desenvolverão habilidades de pesquisa, organização de informações e comunicação escrita.
As possibilidades interdisciplinares são amplas. Em Redação, o estudo dos pronomes interrogativos ajuda a planejar perguntas de roteiros de entrevistas, projetos de pesquisa e propostas de intervenção social, favorecendo textos mais coerentes e focados. Em Língua Portuguesa – Leitura, compreender como as perguntas são formuladas em enunciados de provas, reportagens ou artigos de opinião contribui para interpretar melhor os textos e evitar erros por má compreensão do comando.
Outras áreas também podem dialogar com o tema. Em Sociologia e Filosofia, por exemplo, é possível trabalhar a elaboração de perguntas problematizadoras para debates sobre temas contemporâneos, refletindo sobre o poder das perguntas na construção de argumentos. Em História e Geografia, os pronomes interrogativos podem orientar a análise de documentos, mapas e gráficos, guiando a elaboração de questões de pesquisa. Dessa forma, o conteúdo de gramática se integra a diferentes disciplinas, mostrando que saber perguntar bem é um passo fundamental para aprender melhor em todas as áreas do conhecimento.