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Redação – Exercício – análise de texto sobre o tema “Uso de agrotóxicos no Brasil” (Plano de aula – Ensino médio)

Como referenciar este texto: Redação – Exercício – análise de texto sobre o tema “Uso de agrotóxicos no Brasil” (Plano de aula – Ensino médio). Rodrigo Terra. Publicado em: 22/12/2025. Link da postagem: https://www.makerzine.com.br/educacao/redacao-exercicio-analise-de-texto-sobre-o-tema-uso-de-agrotoxicos-no-brasil-plano-de-aula-ensino-medio/.


 
 

A aula privilegia metodologias ativas: leitura dirigida, trabalho em duplas e produção de feedback escrito. Espera-se que os alunos, com idades entre 15 e 18 anos, compreendam estruturas argumentativas, a articulação de dados e opiniões, e a elaboração de contra-argumentos e propostas de intervenção.

O conteúdo é interdisciplinar: conecta-se com Biologia (impactos ambientais e saúde pública) e Química (toxicologia e resíduos), oferecendo repertório útil para redações do ENEM e para provas de vestibular.

Ao final há um resumo pronto para ser repassado aos alunos e links para materiais digitais abertos em português, provenientes de instituições públicas de pesquisa e universidades.

 

Objetivos de Aprendizagem

Objetivos gerais: Os estudantes deverão ser capazes de identificar a tese central e os argumentos do texto-modelo sobre o uso de agrotóxicos no Brasil, distinguindo fatos de opiniões e reconhecendo dispositivos retóricos e evidências empregadas pelo autor. O foco é fortalecer a leitura crítica e a compreensão das estruturas típicas da dissertação argumentativa exigida pelo ENEM: apresentação da problemática, desenvolvimento com argumentos e contra-argumentos e proposta de intervenção.

Habilidades específicas: Espera-se que os alunos desenvolvam a capacidade de analisar a coerência e a coesão do texto, avaliar a relevância e a suficiência das provas apresentadas (dados estatísticos, referências científicas, exemplos) e propor reformulações que aumentem a persuasão e a clareza. Os exercícios incluem identificar falhas argumentativas, sugerir contra-argumentos e reescrever trechos para aprimorar a sequência lógica das ideias.

Competências linguísticas e textuais: O plano visa aprimorar o uso de conectivos, a manutenção de registro formal e a correção gramatical exigida em redações de exame. Os alunos trabalharão variação lexical para evitar repetições, precisão terminológica ao tratar de temas de Biologia e Química e estratégias para tornar a conclusão mais eficaz, incluindo a elaboração de uma proposta de intervenção viável e bem justificada.

Avaliação e produtos esperados: Ao final da aula, os estudantes deverão produzir comentários escritos sobre o texto-modelo e aplicar uma rubrica simples para avaliar pares, resultando em feedbacks concretos que orientem revisões futuras. Esses produtos servirão tanto como evidência formativa do aprendizado quanto como preparação prática para as demandas do ENEM e de vestibulares.

 

Materiais Utilizados

Para esta aula, organize materiais impressos: cópias do texto-modelo em tamanho A4 para cada aluno, folhas com questões orientadoras, um roteiro de feedback e uma rubrica de avaliação para orientar comentários. Inclua também um resumo com vocabulário-chave, definições básicas sobre agrotóxicos e um quadro com dados estatísticos essenciais que os alunos possam consultar durante a atividade.

Recursos tecnológicos facilitam a mediação: projetor, computador com acesso à internet e sistema de som quando necessário, além de uma plataforma de compartilhamento (Google Drive, OneDrive ou ambiente virtual da escola) para distribuir arquivos digitais. Links para fontes confiáveis, por exemplo Embrapa, ajudam os alunos a verificar dados e aprofundar pesquisas.

Materiais visuais e multimídia enriquecem a compreensão: gráficos sobre consumo de agrotóxicos, mapas de uso regional, imagens de resíduos em alimentos e vídeos curtos para contextualizar impactos ambientais e de saúde. Forneça versões estáticas desses recursos (imagens em PDF) e legendas nos vídeos para garantir acessibilidade e compatibilidade com salas sem conexão estável.

Adaptações e recomendações práticas: tenha versões em áudio ou texto ampliado para alunos com necessidades especiais, opções de atividades impressas e digitais, além de cópias extras e um plano B caso haja falha de tecnologia. Oriente também sobre o uso ético das fontes, inclua uma pequena bibliografia comentada e proponha materiais complementares para quem quiser aprofundar o tema.

 

Metodologia utilizada e justificativa

A metodologia adotada combina leitura dirigida, trabalho em duplas e produção de feedback escrito para promover aprendizagem ativa e reflexiva. Na primeira etapa, o professor conduz uma leitura orientada do texto-modelo, destacando recursos argumentativos e marcadores de coesão; em seguida, os alunos, em pares, discutem trechos selecionados e identificam evidências e falhas argumentativas. A dinâmica em duplas permite maior participação individual e a construção conjunta de interpretações, enquanto o feedback escrito consolida a compreensão e registra pontos de aprimoramento.

Justifica-se essa escolha metodológica por seu alinhamento com as competências exigidas no ENEM: seleção e uso de repertório sociocultural, argumentação consistentes e proposta de intervenção. Ao articular análise textual com produção de avaliação formativa, a aula visa não apenas diagnosticar lacunas, mas também ensinar estratégias concretas — como uso de dados, qualificação de fontes e estrutura lógica — que os estudantes podem aplicar em suas redações.

O formato privilegia a interdisciplinaridade e o pensamento crítico: discutir impactos ambientais, saúde pública e aspectos toxicológicos amplia o repertório e fortalece a capacidade de relacionar fatos e argumentos. Além disso, o uso de dupla e de feedback escrito possibilita diferenciação pedagógica, pois o professor pode orientar intervenções específicas, propor desafios maiores para alunos avançados e oferecer suportes para quem precisa de reforço.

Na prática, recomenda-se um roteiro claro com tempos definidos, critérios de avaliação simples e instrumentos de feedback (checklist ou rubrica breve). Tempo estimado: 50 minutos; Recursos: cópia do texto-modelo, quadro ou projeção, folhas para anotação e formulário de feedback. Essa organização garante foco, objetividade e a produção de evidências concretas para acompanhamento do progresso dos estudantes.

 

Desenvolvimento da aula (Preparo, Introdução, Atividade principal, Fechamento)

Preparo: Antes da aula, o professor deve selecionar o texto-modelo e preparar cópias suficientes, além de um quadro-resumo com critérios de análise (tese, argumentos, dados, conectivos, proposta de intervenção). Organize o espaço em duplas para estimular a discussão e garanta recursos de apoio — projeção do texto, marcadores e um gabarito de feedback simples para orientar as observações. Defina o tempo de cada etapa para que a sessão de 50 minutos cubra leitura, análise e síntese.

Introdução (5–10 min): Inicie ativando conhecimentos prévios com perguntas curtas sobre o tema e expectativas sobre textos argumentativos. Apresente os objetivos da aula e faça uma leitura orientada do texto-modelo, destacando em voz alta a tese e termos-chave; peça que os alunos sublinhem frases que considerem persuasivas ou frágeis. Esse momento estabelece critérios comuns de leitura e prepara os alunos para a análise detalhada.

Atividade principal (25–30 min): Em duplas, os estudantes identificam a estrutura argumentativa: tese, sequência de argumentos, uso de dados e exemplos, estratégias de persuasão e ausência de contra-argumentos relevantes. Cada dupla usa o gabarito de feedback para registrar acertos e pontos a aprimorar — clareza da tese, coerência entre parágrafos, suficiência de evidências e qualidade da proposta de intervenção. Se o tempo permitir, peça que reescrevam um parágrafo oferecendo justificativas para as alterações, exercitando revisão e reescrita orientada.

Fechamento (5–10 min): Reúna as contribuições no quadro, solicitando que cada dupla compartilhe uma sugestão concreta extraída de seu feedback. Faça uma síntese das estratégias que fortalecem redações no formato ENEM: conectar dados a argumentos, formular proposta com agente, meio e efeito, e manter linguagem impessoal e objetiva. Finalize com encaminhamentos — tarefa de casa para revisar a reescrita, leitura complementar e links de referência — e critérios para avaliação formativa.

 

Avaliação / Feedback

A etapa de avaliação deve ser orientada para o aprimoramento: o feedback precisa ser claro, específico e voltado para ações possíveis. Em vez de apenas atribuir nota, o professor pode apontar com precisão quais elementos da dissertação estão mais sólidos — tese, coerência entre parágrafos, emprego de dados — e quais precisam ser trabalhados, como clareza na argumentação, uso correto de termos técnicos relacionados aos agrotóxicos ou organização das propostas de intervenção.

Critérios principais:

  • Tese e posição: se o aluno apresenta uma ideia central clara e consistente ao longo do texto;
  • Argumentação e evidência: uso de dados, exemplos ou conhecimento científico para sustentar as afirmações;
  • Coesão e coerência: encadeamento lógico entre parágrafos e uso de conectivos adequados;
  • Proposta de intervenção: pertinência, exequibilidade e relação com o problema apresentado;
  • Norma culta e clareza: correção gramatical, vocabulário e precisão terminológica.

Ao redigir o feedback, prefira frases curtas e orientações práticas: indique trechos concretos que merecem reescrita, sugira verbos ou conectivos melhores e ofereça uma micro-tarefa para a próxima aula (por exemplo, reescrever o parágrafo que apresenta dados ou transformar uma afirmação genérica em argumento sustentado por fonte). Valorize também os acertos para manter a motivação do estudante e estabelecer um plano de ação claro.

Para atividades de revisão em pares, proponha uma banca de leitura com fichas orientadas pela rubrica acima; estudantes devem apontar um aspecto positivo e duas melhorias específicas. O professor pode sintetizar os pontos recorrentes no quadro e usar essa análise para planejar mini-aulas focadas (p. ex., trabalhar coesão referencial ou interpretação de dados sobre agrotóxicos), tornando a avaliação um motor para o ensino continuado.

 

Observações

Observações gerais: Esta seção reúne orientações práticas para o professor que irá aplicar a aula sobre o uso de agrotóxicos no Brasil. Priorize o objetivo central: desenvolver a capacidade argumentativa dos alunos, articulando fatos, dados e propostas de intervenção. Lembre-os de manter clareza, coesão e precisão no uso de termos técnicos, relacionando conceitos das áreas de Biologia e Química quando necessário.

Dicas de condução em sala: Com apenas 50 minutos, organize a sequência em etapas breves e objetivas: leitura dirigida (15 minutos), discussão em duplas para identificação de argumentação e repertório (15 minutos), e produção de feedback escrito ou oral (20 minutos). Use folhas de apoio com perguntas-guia para agilizar a análise e delimitar o foco — por exemplo: qual é a tese central, quais evidências sustentam os argumentos e que tipo de intervenção é proposta.

Avaliação e feedback: Prefira um critério formativo que destaque coerência, argumentação, repertório sociocultural e proposta de intervenção. Indique erros recorrentes a serem corrigidos, como generalizações sem dados, uso inadequado de conectivos ou ausência de proposta factível. Ofereça modelos de frases e conectivos para fortalecer transições e sugestões de reescrita para treinar a revisão autônoma.

Adaptações e recursos: Adapte atividades para turmas com diferentes níveis: simplifique o texto-modelo, ofereça glossário ou proponha tarefas de extensão para alunos avançados. Evite qualquer referência a manipulação prática de produtos químicos; quando necessário, recorra a fontes confiáveis para dados (por exemplo, Embrapa, Anvisa e instituições acadêmicas) e oriente os alunos a citar corretamente as fontes. Por fim, registre observações sobre o desempenho coletivo para orientar próximas intervenções pedagógicas.

 

Resumo para os alunos

Esta aula tem como objetivo principal orientar vocês a ler e analisar um texto-modelo sobre o uso de agrotóxicos no Brasil de modo a identificar a tese, os argumentos que a sustentam e as estratégias retóricas empregadas. Observem o problema central apresentado pelo autor, os dados ou exemplos usados como suporte e como há articulação entre causas, consequências e soluções. Ao final, esperamos que cada um consiga explicar em poucas linhas qual é a posição do texto e por que ela é defendida.

Para realizar a análise, sigam passos práticos: primeiro, façam uma leitura global para captar a ideia central; depois, releiam destacando a tese e listando os argumentos em ordem. Anotem onde há referências a estudos, estatísticas ou fatos concretos e quais são as relações de causa e efeito apontadas. Identifiquem também contra-argumentos implícitos e eventuais falhas ou generalizações que mereçam atenção ao produzir uma redação.

Na produção de redação dissertativa-argumentativa (como a do ENEM), lembrem-se de formular uma tese clara no primeiro parágrafo, usar argumentos combinando dados e raciocínio, inserir um contra-argumento breve para demonstrar criticidade e apresentar uma proposta de intervenção viável e bem articulada. Usem conectores para dar coesão ao texto e mantenham o registro formal. Evitem afirmações vagas e reforcem suas afirmações com repertório contextualizado (científico, histórico, social).

Como tarefa prática, elaborem um esboço em que constem: (1) tese reformulada com suas palavras; (2) três argumentos ordenados; (3) um contra-argumento e sua refutação; (4) proposta de intervenção com agentes responsáveis. Tragam esse esboço para a próxima aula para receber feedback. Se precisarem de fontes confiáveis, revisem os materiais indicados no final do plano de aula e consultem textos de instituições públicas e universidades para fortalecer seus argumentos.

 

Rodrigo Terra

Com formação inicial em Física, especialização em Ciências Educacionais com ênfase em Tecnologia Educacional e Docência, e graduação em Ciências de Dados, construí uma trajetória sólida que une educação, tecnologias ee inovação. Desde 2001, dedico-me ao campo educacional, e desde 2019, atuo também na área de ciência de dados, buscando sempre encontrar soluções focadas no desenvolvimento humano. Minha experiência combina um profundo conhecimento em educação com habilidades técnicas em dados e programação, permitindo-me criar soluções estratégicas e práticas. Com ampla vivência em análise de dados, definição de métricas e desenvolvimento de indicadores, acredito que a formação transdisciplinar é essencial para preparar indivíduos conscientes e capacitados para os desafios do mundo contemporâneo. Apaixonado por café e boas conversas, sou movido pela curiosidade e pela busca constante de novas ideias e perspectivas. Minha missão é contribuir para uma educação que inspire pensamento crítico, estimule a criatividade e promova a colaboração.

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