Como referenciar este texto: História – Aula de exercícios: Castello Branco e Costa e Silva (Plano de aula – Ensino médio). Rodrigo Terra. Publicado em: 20/10/2025. Link da postagem: https://www.makerzine.com.br/educacao/historia-aula-de-exercicios-castello-branco-e-costa-e-silva-plano-de-aula-ensino-medio/.
A proposta de aula se fundamenta em práticas de revisão ativa, utilizando estratégias de aprendizagem baseada em problemas (PBL), que favorecem a retenção de conteúdos e estimulam o pensamento crítico. As atividades propostas permitirão ainda conexões com a disciplina de Sociologia, especialmente nas discussões sobre autoritarismo e liberdade de expressão no período.
Considerando o perfil dos alunos do ensino médio e o fato de muitos estarem em preparação para vestibulares, esta aula também foca na resolução de exercícios em formatos próximos aos cobrados em exames como ENEM, vestibulares estaduais e federais.
Você, professor, encontrará aqui uma abordagem prática, com recursos fáceis de acessar, contextualizações históricas relevantes e sugestões de uso de plataformas digitais públicas para aprofundar o tema.
A proposta é tornar a aula dinâmica, engajadora e completa, favorecendo o aprendizado profundo dos principais marcos de uma das fases mais complexas da História do Brasil.
Objetivos de Aprendizagem
Ao final desta aula, espera-se que os alunos sejam capazes de revisar e compreender criticamente os principais aspectos dos governos de Humberto de Alencar Castello Branco (1964–1967) e Artur da Costa e Silva (1967–1969). Tópicos como o Ato Institucional nº 2, o fechamento de partidos políticos, a criação do bipartidarismo e o endurecimento do regime serão abordados através de comparações diretas com contextos democráticos atuais, promovendo um debate crítico entre os estudantes.
Outro objetivo importante é estimular o desenvolvimento da análise crítica sobre as políticas autoritárias implementadas durante o período. Para isso, atividades baseadas em problematizações históricas serão propostas, incentivando os alunos a investigar o impacto dessas políticas sobre a sociedade, a imprensa e os movimentos sociais. Por exemplo, o professor pode propor uma análise de manchetes de jornais da época ou simular uma audiência pública com base em eventos históricos reais.
Além disso, a aula visa preparar os estudantes para responder a questões tanto objetivas quanto dissertativas, com foco no estilo do ENEM e dos principais vestibulares. Serão utilizados enunciados de provas reais, adaptados para uso em sala de aula, além de estratégias para elaborar respostas argumentativas e fundamentadas historicamente.
Esses objetivos serão trabalhados com metodologias ativas, como PBL (aprendizagem baseada em problemas), e com o uso de plataformas digitais acessíveis, como vídeos históricos do YouTube Edu e materiais oficiais disponibilizados pelo MEC, garantindo também uma abordagem interdisciplinar com a Sociologia.
Materiais utilizados
Para garantir o sucesso da aula de exercícios sobre Castello Branco e Costa e Silva, é essencial uma preparação cuidadosa dos materiais. As impressões dos exercícios em PDF devem ser organizadas previamente, distribuídas em formato individual ou em duplas para facilitar o trabalho colaborativo dos alunos. Recomenda-se que esses exercícios incluam questões dissertativas e objetivas, em formatos similares aos do ENEM e dos principais vestibulares, focando temas como o Ato Institucional Número 5 (AI-5), a repressão política e o contexto internacional da Guerra Fria.
O uso do quadro branco permite a mediação didática do professor, que pode esquematizar os principais tópicos tratados durante a aula. É útil também para registrar dúvidas recorrentes ou explicar conteúdos de forma visual. Já os celulares ou notebooks com acesso à internet servirão para acessar recursos digitais recomendados, como vídeos curtos, documentos históricos e mapas interativos que enriquecem o debate e contextualização dos temas.
As fichas temáticas, previamente elaboradas pelo(a) professor(a), são fundamentais como material de apoio sintético e objetivo. Elas podem conter biografias resumidas dos presidentes militares, legislações importantes de seus governos e comparativos entre os períodos. A utilização desses recursos favorece a autonomia dos estudantes e ajuda na organização mental das informações.
Por fim, um recurso altamente recomendável é o link para o portal da Plataforma Ensino de História da UFRJ, onde o professor pode encontrar materiais acadêmicos, planos de aula complementares e sugestões de fontes primárias. Incentivar os alunos a explorarem esse conteúdo contribui para a construção de um repertório crítico e fundamentado.
Metodologia utilizada e justificativa
A metodologia ativa de Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL) será o pilar central da aula, incentivando que os alunos se tornem protagonistas do processo de aprendizagem. A proposta é apresentar situações-problema relacionadas ao contexto dos governos Castello Branco e Costa e Silva, como por exemplo a promulgação do AI-5 ou a atuação do Sistema Nacional de Informações (SNI). Com base nesses estudos de caso, os alunos deverão investigar fatos, analisar documentos da época e construir hipóteses sobre os impactos das decisões políticas na vida da população.
Além disso, serão propostos roteiros de análise histórica que orientem o pensamento crítico e promovam discussões embasadas em evidências, tanto em textos acadêmicos quanto em fontes primárias. A prática reflexiva se dará em pequenos grupos, promovendo o debate e a troca de perspectivas, ao mesmo tempo em que se exercita a escuta ativa e a argumentação fundamentada.
Como forma de ampliar a compreensão dos temas, haverá uma abordagem interdisciplinar com a disciplina de Sociologia. Questões como o Estado de Exceção, a censura e a retirada de direitos civis durante os governos militares serão exploradas por meio de artigos, vídeos documentais e plataformas abertas como a TV Escola e o YouTube Edu. A intenção é mostrar diferentes olhares sobre o período, com o objetivo de desenvolver um senso histórico mais aguçado nos alunos.
Recomenda-se que o professor utilize também ferramentas digitais como o Mentimeter ou o Padlet para fazer enquetes rápidas e registrar percepções dos estudantes em tempo real. Isso permitirá acompanhar o engajamento da turma e ajustar a condução da aula conforme a dinâmica e o interesse demonstrado pelos estudantes.
Desenvolvimento da aula
Preparo da aula
Antes da aula, o professor deve preparar um material eficiente para otimizar o tempo em sala. Imprimir uma folha com ao menos cinco questões objetivas e uma dissertativa ajudará a guiar a discussão e avaliar a compreensão dos temas. Fichas informativas específicas sobre Humberto de Alencar Castello Branco e Artur da Costa e Silva devem estar prontas, pois serão utilizadas pelos grupos para fundamentar respostas e estimular o debate. Além disso, é fundamental garantir que os dispositivos estão aptos para acessar a plataforma digital da UFRJ, que fornecerá fontes históricas confiáveis.
Introdução da aula (10 min)
O início da aula deve engajar os alunos com uma revisão dinâmica. Ao invés de uma simples exposição, o professor pode usar perguntas rápidas para rememorar os eventos principais dos dois governos militares, como o AI-2, o recrudescimento da censura e políticas econômicas. Durante essa troca, é interessante que os termos-chave surjam naturalmente dos alunos e sejam anotados pelo professor no quadro, criando um mapa conceitual coletivo e visual.
Atividade principal (30 a 35 min)
Divididos em grupos de três, os alunos estudarão fichas com informações e linhas do tempo relacionadas a um dos dois presidentes. Esta divisão favorece o trabalho colaborativo e o confronto de perspectivas. O uso da plataforma da UFRJ enriquecerá a pesquisa, dando acesso a fontes históricas primárias e artigos acadêmicos. Após a leitura e análise, os alunos responderão aos exercícios propostos. Uma correção coletiva, com explicações sobre os raciocínios usados para chegar às respostas, estimula o pensamento crítico e corrige possíveis lacunas de entendimento.
Fechamento (5 a 10 min)
No fim da aula, uma rodada de perguntas orais rápidas permite revisar os conceitos explorados de maneira descontraída e participativa. Cada aluno pode ser convidado a formular uma pergunta ou compartilhar um ponto que achou mais relevante. Para consolidar o aprendizado e promover a autonomia estudantil, o professor pode recomendar leituras complementares e vídeos educativos, especialmente os oferecidos gratuitamente no site do PET História da UFSCar, com linguagem acessível e alinhados com os conteúdos da aula.
Avaliação / Feedback
A avaliação será principalmente formativa, permitindo que o professor acompanhe o desenvolvimento individual e coletivo dos estudantes. Durante a resolução dos exercícios, é possível observar o engajamento, a capacidade de argumentação e a aplicação do conhecimento trabalhado em sala. Recomenda-se que os alunos anotem suas respostas em fichas individuais, que podem ser revisadas tanto pelo professor quanto por colegas em atividades de correção colaborativa.
O feedback contínuo será essencial para promover reflexões e ajustes no processo de aprendizagem. Ao realizar a correção coletiva, o professor pode destacar diferentes interpretações dos temas abordados, como os aspectos políticos e repressivos dos governos Castello Branco e Costa e Silva, abrindo espaço para o debate e o desenvolvimento do pensamento crítico. É interessante propor que cada grupo de alunos apresente uma justificativa para suas respostas, valorizando o raciocínio por trás das escolhas.
Como complemento, o uso de ferramentas digitais como formulários interativos (Google Forms ou Mentimeter) pode dinamizar a aplicação das atividades, oferecendo resultados instantâneos e contendo estatísticas de desempenho para orientar o plano de ensino. Além disso, esses recursos permitem incluir questões discursivas e objetivas, modeladas nos padrões de avaliações externas como o ENEM.
Por fim, é fundamental que os alunos recebam devolutivas frequentes, que não se limitem ao erro ou acerto, mas que envolvam orientações claras sobre como melhorar. Essa abordagem fortalece a autonomia dos estudantes e prepara-os para desafios acadêmicos futuros, promovendo um aprendizado mais sólido e consistente.
Resumo para alunos
Nesta aula, revisamos os principais aspectos dos governos de Castello Branco e Costa e Silva, dois dos primeiros presidentes do regime civil-militar implantado no Brasil a partir de 1964. Entre os temas abordados, destacam-se a promulgação dos Atos Institucionais, como o AI-1 e o AI-5, que reforçaram o poder executivo e eliminaram liberdades civis; o aumento do uso das Forças Armadas para a repressão política; além da crescente censura sobre a imprensa, artistas e movimentos sociais. Esses pontos são fundamentais para entender os retrocessos democráticos promovidos nesse período.
Com o objetivo de tornar o conteúdo mais acessível e aplicável aos vestibulares, resolvemos questões que simulam provas do ENEM e exames tradicionais. Por exemplo, analisamos a forma como a Constituição foi sendo progressivamente erodida e comparamos os perfis políticos dos dois presidentes para identificar continuidades e rupturas entre seus mandatos. Os exercícios também incluíram interpretação de documentos da época e charges políticas, estimulando a leitura crítica de fontes primárias.
Para quem deseja aprofundar o conteúdo, sugerimos explorar os materiais complementares da Plataforma Ensino de História – UFRJ, que disponibiliza planos de aula e textos de apoio, e assistir aos vídeos explicativos e entrevistas históricas hospedadas no site do PET História da UFSCar. Esses recursos são ideais para revisar tópicos específicos e esclarecer dúvidas de maneira autônoma.
Para fixar o conteúdo em casa, recomendamos que os alunos elaborem um mapa mental com os principais acontecimentos de cada governo, e que pratiquem a escrita de breves resumos críticos respondendo a perguntas como: “Qual foi o impacto do AI-5 sobre os direitos civis?” e “Em que medida esses governos contribuíram para o agravamento da repressão no Brasil?”. Esse tipo de atividade favorece o pensamento analítico e prepara para questões discursivas nos vestibulares.