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Gramática – Acentuação: oxítonas, paroxítonas, proparoxítonas (Plano de aula – Ensino médio)

Como referenciar este texto: Gramática – Acentuação: oxítonas, paroxítonas, proparoxítonas (Plano de aula – Ensino médio). Rodrigo Terra. Publicado em: 15/11/2025. Link da postagem: https://www.makerzine.com.br/educacao/gramatica-acentuacao-oxitonas-paroxitonas-proparoxitonas-plano-de-aula-ensino-medio/.


 
 

Esse plano de aula foi pensado para oferecer uma abordagem didática focada na diferenciação entre palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas, utilizando metodologia ativa com foco em aprendizagem significativa. O objetivo é que os estudantes sejam protagonistas na identificação e aplicação das regras de acentuação, integrando linguagem e raciocínio lógico.

A proposta também busca contextualização prática de regras gramaticais, promovendo discussões em sala de aula com base em exemplos do cotidiano — como nomes de marcas, títulos de músicas, memes e textos jornalísticos — permitindo, assim, que os conteúdos se tornem mais concretos e envolventes.

Ao final da aula, os estudantes terão sido expostos a exercícios interdisciplinares, situações-problema e recursos digitais abertos, reforçando os conteúdos por meio da colaboração e da prática orientada.

 

Objetivos de Aprendizagem

1. Compreender e diferenciar palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas de acordo com a posição da sílaba tônica: Ao longo da aula, os alunos irão analisar a estrutura silábica de palavras diversas, identificando a sílaba tônica em cada uma. Atividades práticas podem incluir a leitura em voz alta para perceber a tonicidade das palavras e jogos de classificação utilizando cartões ou aplicativos interativos. O uso de músicas e slogans publicitários pode auxiliar na identificação intuitiva das sílabas mais fortes.

2. Aplicar corretamente as regras de acentuação gráfica às palavras de acordo com suas classificações: Com base na diferenciação das sílabas tônicas, propõe-se que os alunos pratiquem a aplicação das regras de acentuação por meio de exercícios dirigidos e situações-problema. Por exemplo, pode-se apresentar frases contendo palavras com e sem acento para que os estudantes justifiquem a grafia correta conforme a norma ortográfica. Recursos digitais como editores de texto com corretores automáticos podem ser utilizados para reforçar o aprendizado de forma prática.

3. Estabelecer conexões entre o conteúdo de acentuação e outras áreas do conhecimento: A proposta interdisciplinar sugere atividades envolvendo textos literários e jornalísticos, nos quais os estudantes devem identificar padrões de acentuação e discutir seus efeitos expressivos. Além disso, a análise de memes e postagens em redes sociais permite explorar como a acentuação (ou sua ausência) influencia o sentido e a clareza da comunicação escrita, promovendo reflexões críticas sobre a linguagem nas mídias digitais.

Esses objetivos integram habilidades cognitivas de identificação, aplicação e análise, promovendo um aprendizado ativo e contextualizado. Ao final da aula, espera-se que os alunos sejam capazes não apenas de aplicar regras, mas também de atribuir significado e função social às convenções ortográficas.

 

Materiais utilizados

Os materiais listados são essenciais para tornar a aula mais dinâmica, visual e interativa. A lousa ou quadro digital serve como suporte principal para a explicação teórica e sistematização coletiva das regras de acentuação. É interessante que o professor represente visualmente as classificações das palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas com exemplos em destaque, incentivando os alunos a participarem da construção dos conceitos.

As cartelas com palavras sortidas para classificação são úteis em atividades em grupo ou individuais, nas quais os alunos podem manipular, agrupar e discutir os critérios de acentuação de cada palavra. A gamificação pode ser incorporada, promovendo desafios de tempo ou pontuação para quem acertar mais classificações corretamente.

O texto curto com erros ortográficos promove a aplicação prática e crítica das regras abordadas. Distribuído em PDF, permite que os alunos identifiquem palavras acentuadas incorretamente, proponham correções e expliquem as causas dos erros segundo a classificação da palavra. Esse recurso fomenta tanto a revisão quanto a consciência ortográfica.

Com o uso opcional de celulares com acesso à internet, os alunos podem consultar diretamente o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, tornando a aprendizagem mais autônoma e atual. Por fim, folhas de papel, canetas e marcadores coloridos são recomendados para esquemas visuais, como tabelas e mapas mentais, que ajudam a fixar o conteúdo pelas cores e divisões lógicas feitas pelos próprios alunos.

 

Metodologia utilizada e justificativa

Será utilizada a metodologia ativa de sala de aula invertida combinada com aprendizagem baseada em problemas (ABP). Antes da aula, os alunos terão acesso a um pequeno vídeo introdutório com os conceitos básicos de acentuação (oxítonas, paroxítonas, proparoxítonas), disponível no canal Portal Demia. Essa preparação prévia possibilita que o tempo em sala seja dedicado à aplicação prática do conhecimento, reforçando o protagonismo do aluno no processo de aprendizagem.

Durante a aula, a aprendizagem ativa será promovida por meio de uma sequência didática que envolve análise prática, categorização colaborativa e resolução de desafios linguísticos contextualizados com conteúdos de literatura e cultura pop. Por exemplo, os estudantes poderão classificar palavras extraídas de letras de música ou títulos de filmes e memes virais, gerando discussões sobre erro e norma culta com base em situações reais.

A justificativa para essa abordagem é promover uma experiência de aprendizagem mais significativa e envolvente. Ao utilizar elementos da cultura jovem e interdisciplinaridades com outras áreas, como a literatura e a arte, torna-se mais fácil atrair o interesse dos alunos e estimular o uso prático das regras gramaticais.

Além disso, o formato de sala invertida favorece a autonomia e a responsabilidade dos estudantes sobre seu aprendizado. Já as atividades baseadas em problemas incentivam o pensamento crítico e a cooperação entre colegas, habilidades fundamentais tanto no ambiente escolar quanto no mercado de trabalho.

 

Desenvolvimento da aula

O desenvolvimento da aula propõe uma abordagem interativa que privilegia a construção ativa do conhecimento. No preparo, o(a) professor(a) seleciona cartelas com palavras de diferentes classificações tônicas — oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas — garantindo variedade e desafio. Os grupos são organizados previamente para otimizar o tempo em sala. Como estratégia de aula invertida, recomenda-se o envio antecipado de um vídeo introdutório de até cinco minutos abordando o conceito de sílaba tônica e as regras básicas de acentuação, estimulando a familiaridade prévia com o conteúdo.

Durante a introdução (10 minutos), o(a) educador(a) promove uma conversa guiada retomando os pontos principais do vídeo. Questões como “O que é sílaba tônica?”, “Como identificá-la?” e “Quais regras definem o uso do acento?” devem ser lançadas para o grupo, com as respostas sendo anotadas na lousa, servindo como base para reflexões posteriores.

A atividade principal (30 a 35 minutos) se divide em duas etapas complementares. Na primeira, os grupos trabalham com as cartelas classificando as palavras e justificando a acentuação (ou sua ausência), promovendo o desenvolvimento da argumentação gramatical. Após essa etapa, realiza-se uma correção em conjunto, valorizando o diálogo entre pares e a justificativa das escolhas. A segunda parte envolve a análise de um texto impresso com erros de acentuação. Os estudantes deverão identificar os erros e propor correções com justificativas, podendo utilizar o Vocabulário Ortográfico da ABRAAL como recurso de apoio.

No fechamento (5 a 10 minutos), o professor conduz uma avaliação reflexiva sobre como a acentuação contribui para a clareza textual. Essa discussão pode ser ampliada com exemplos de palavras que mudam de sentido dependendo do acento gráfico, como “pôde” e “pode” ou “sábia” e “sabia”, conectando o tema com disciplinas como literatura ou redação. Essa conexão interdisciplinar torna o aprendizado mais abrangente e contextualizado.

 

Avaliação / Feedback

A avaliação neste plano de aula será tanto diagnóstica quanto formativa, permitindo que o professor compreenda o nível prévio de conhecimento dos alunos e acompanhe o progresso individual e coletivo. A participação ativa nas atividades de categorização de palavras será um dos principais indicadores, pois revela não apenas o domínio das regras de acentuação, mas também a capacidade de argumentação linguística dos estudantes. É importante que o professor esteja atento à forma como os alunos justificam suas classificações como oxítonas, paroxítonas ou proparoxítonas, promovendo a construção do conhecimento por meio do diálogo.

Durante as discussões em grupo, o professor pode circular pela sala, fazendo anotações e intervindo com perguntas que estimulem a reflexão, como “por que essa palavra é considerada uma paroxítona?” ou “qual seria o efeito da ausência do acento nessa palavra em um texto?”. Além disso, o uso de quadros brancos, murais compartilhados (físicos ou digitais) ou aplicativos como Padlet e Mentimeter pode ajudar na exposição das produções dos grupos e na correção coletiva dos erros, fortalecendo o feedback imediato e colaborativo.

Para consolidar a avaliação, proponha uma atividade prática ao final da aula em que os estudantes recebam frases com lacunas e alternativas de acentuação para completar — o que permite revisar os conceitos trabalhados de forma contextualizada. Outra dica é utilizar jogos de revisão, como quizzes interativos (via Kahoot ou Google Forms), onde os estudantes possam aplicar as regras de maneira lúdica e competitiva.

Por fim, o formulário de feedback deve conter perguntas claras e objetivas sobre o entendimento das regras, a dinâmica da aula e sugestões de melhoria. Isso ajuda a orientar os próximos encontros e possibilita o ajuste das estratégias didáticas conforme as necessidades da turma.

 

Resumo para os alunos

O que aprendemos hoje:

Durante a aula de hoje, exploramos as regras de acentuação gráfica com foco na identificação de palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas. Aprendemos que as oxítonas são acentuadas quando terminam em a(s), e(s), o(s), em, ens, i(s) e u(s), como em “café”, “tamborim” e “baú”. Já as paroxítonas, cuja penúltima sílaba é a tônica, recebem acento quando terminam em r, l, n, x, i(s), u(s), ão, ã, um, uns, ps, entre outras, como “táxi”, “fácil” e “órfã”. As proparoxítonas, com acento sempre obrigatório, são aquelas cuja antepenúltima sílaba é a mais forte: exemplos incluem “médico”, “público” e “código”.

Reforçamos a importância da posição da sílaba tônica na aplicação correta das regras. Para identificar a sílaba tônica, é útil pronunciar a palavra em voz alta e perceber onde está a maior intensidade de som. Além disso, destacamos como o uso do acento pode mudar o significado da palavra: por exemplo, “sabia” (verbo) e “sabiá” (pássaro), ou “pelo” (substantivo) e “pêlo” (forma arcaica com acento da mesma palavra).

Indicamos o uso do Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP) para consultar dúvidas de acentuação e ortografia. Esse recurso é uma ferramenta confiável e atualizada, útil tanto em aulas quanto em produções textuais.

Para continuar praticando, recomendamos o acesso à seção de exercícios no portal UOL Educação – Língua Portuguesa. Exercícios variados ajudam a consolidar o conhecimento e aplicar as regras com mais segurança em provas, redações e no dia a dia.

 

Rodrigo Terra

Com formação inicial em Física, especialização em Ciências Educacionais com ênfase em Tecnologia Educacional e Docência, e graduação em Ciências de Dados, construí uma trajetória sólida que une educação, tecnologias ee inovação. Desde 2001, dedico-me ao campo educacional, e desde 2019, atuo também na área de ciência de dados, buscando sempre encontrar soluções focadas no desenvolvimento humano. Minha experiência combina um profundo conhecimento em educação com habilidades técnicas em dados e programação, permitindo-me criar soluções estratégicas e práticas. Com ampla vivência em análise de dados, definição de métricas e desenvolvimento de indicadores, acredito que a formação transdisciplinar é essencial para preparar indivíduos conscientes e capacitados para os desafios do mundo contemporâneo. Apaixonado por café e boas conversas, sou movido pela curiosidade e pela busca constante de novas ideias e perspectivas. Minha missão é contribuir para uma educação que inspire pensamento crítico, estimule a criatividade e promova a colaboração.

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