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Como referenciar este texto: A adhocracia e a promoção da cultura da inovação. Rodrigo Terra. Publicado em: 20/04/2023. Link da postagem: https://www.makerzine.com.br/gestao/a-adhocracia-e-a-promocao-da-cultura-de-inovacao .


Conteúdos dessa postagem

O que é Adhocracia?

Adhocracia é um tipo de estrutura organizacional que se concentra em equipes multidisciplinares e flexíveis para enfrentar desafios específicos, em vez de uma hierarquia rígida, estimulando a flexibilidade, a criatividade e a capacidade de adaptação em resposta a problemas e situações novas e complexas.

Em uma adhocracia, as equipes são formadas com base nas necessidades de cada projeto, com membros escolhidos por suas habilidades, experiências relevantes e conhecimentos específicos necessários para completar o projeto. A tomada de decisão é descentralizada, com as equipes tendo autonomia para tomar decisões e solucionar problemas sem depender de aprovação de níveis hierárquicos superiores.

Esse modelo de organização é frequentemente utilizado em ambientes onde a inovação e a mudança são necessárias para alcançar resultados, como startups, empresas de tecnologia e organizações governamentais que enfrentam desafios complexos e em constante mudança. A adhocracia pode oferecer mais agilidade e flexibilidade do que estruturas hierárquicas mais tradicionais, mas também pode apresentar desafios, como a falta de clareza nas responsabilidades e a dificuldade em manter a comunicação e a coesão da equipe.

Quem criou a Adhocracia?

A adhocracia como modelo organizacional não foi criada por uma única pessoa ou organização específica. O termo adhocracia foi cunhado em 1964 pelo sociólogo Alvin Toffler em seu livro “Future Shock”, onde ele discutiu a necessidade de estruturas organizacionais mais flexíveis e adaptáveis ​​para enfrentar os desafios da era da informação.

No entanto, a adhocracia como modelo organizacional começou a ser mais amplamente estudada e aplicada em empresas e organizações na década de 1980, principalmente pelos pesquisadores William Ouchi e Paul Adler. Ouchi desenvolveu a teoria Z, que se concentrou em uma gestão participativa e colaborativa, enquanto Adler estudou as práticas organizacionais inovadoras de empresas como a Xerox e a IBM.

Desde então, a adhocracia evoluiu e tem sido aplicada em diversos setores, como tecnologia, design, marketing e administração pública, entre outros. Ainda é uma abordagem relativamente nova em comparação com as estruturas organizacionais tradicionais, mas continua a ganhar destaque à medida que as organizações buscam inovação e adaptação em ambientes em constante mudança.

Como a Adhocracia promove a cultura de inovação?

  1. Equipes multidisciplinares: A adhocracia permite que as equipes sejam formadas com base nas habilidades e experiências relevantes para cada projeto específico. Isso permite que pessoas de diferentes áreas trabalhem juntas e colaborem, o que pode levar a novas ideias e soluções inovadoras.

  2. Autonomia e responsabilidade: A adhocracia descentraliza a tomada de decisão e dá mais autonomia para as equipes resolverem problemas e tomar decisões. Isso significa que as equipes têm mais liberdade para experimentar e testar novas ideias, o que pode levar a inovações.

  3. Comunicação aberta e colaboração: A adhocracia incentiva a comunicação aberta e a colaboração entre as equipes e os indivíduos. Isso pode ajudar a gerar novas ideias e insights e permitir que as pessoas construam em cima das ideias dos outros.

  4. Ambiente de trabalho criativo: A adhocracia geralmente é caracterizada por um ambiente de trabalho mais criativo e descontraído, o que pode ajudar a liberar a criatividade e a inovação.

  5. Foco na solução de problemas: A adhocracia se concentra na solução de problemas, em vez de em hierarquias rígidas ou em processos padronizados. Isso permite que as equipes encontrem soluções criativas e inovadoras para problemas específicos.

A adhocracia promove a cultura de inovação, ao permitir que as pessoas trabalhem juntas de maneira colaborativa e criativa, experimentem novas ideias, e se concentrem na solução de problemas de maneira autônoma e responsável.

Rodrigo Terra

Atuei como Professor de Física e Cultura Maker, por mais de 20 anos. Sou Pesquisador em Ciências Educacionais com ênfase em Tecnologia Educacional e Docência. desenvolvendo trabalhos de Consultorias Pedagógicas para diversas empresas do setor educacional. Há alguns anos, venho direcionando meus estudos para o universo dos dados e programação. Atualmente, trabalho como Líder Acadêmico de matérias técnicas, como Data Analytics, Gestão de Produtos Digitais e Mercado Financeiro. Sou um eterno curioso, apaixonado por café e por uma boa conversa. Acredito que somente com uma formação transdisciplinar é que criamos oportunidades pensar em diferentes aspectos ou ponto de vista de um mesmo assunto, e com isso, desenvolver pessoas mais conscientes e preparadas para a vida.

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