Você está visualizando atualmente A utilização do Google Agenda no ensino das relações entre o tempo e a História

O que você vai ver neste post:

 

Objetivo da Trilha

O objetivo desta trilha é apresentar aos docentes da área de Humanidades – em especial os da disciplina de História – como a utilização da ferramenta tecnológica Google Agenda pode ser eficaz e significativa para o ensino das relações entre o tempo e a História (tempo cronológico e tempo histórico).

 

Público

Professores da área de Humanidades, especialmente os da disciplina de História, e interessados no tema.

 

Componentes curriculares

Competências Gerais da BNCC: números 1 (conhecimento), 2 (pensamento científico, crítico e criativo), 3 (repertório cultural), 4 (comunicação) e 5 (cultura digital).

Objetos de conhecimento: “A questão do tempo, sincronias e diacronias: reflexões sobre o sentido das cronologias”/ Habilidades: “(EF06HI01) Identificar diferentes formas de compreensão da noção de tempo e de periodização dos processos históricos (continuidades e rupturas).”

Objetos de conhecimento: “Formas de registro da história e da produção do conhecimento histórico”/ Habilidades: “(EF06HI02) Identificar a gênese da produção do saber histórico e analisar o significado das fontes que originaram determinadas formas de registro em sociedades e épocas distintas.”

 

Materiais utilizados

  • Qualquer dispositivo, como tablet, computador e/ou celular, com acesso à Internet;
  • Ter uma conta no Gmail.

 

Descrição da trilha

1. Introdução

O ensino das relações entre o tempo e a História faz parte do currículo do 6º ano do Ensino Fundamental e visa mostrar aos alunos que existem duas importantes e distintas perspectivas temporais a serem compreendidas nas sociedades: o tempo cronológico e o tempo histórico.

Dessa forma, visando tornar a aprendizagem significativa para o aluno, esta trilha apresenta a possibilidade de utilização do Google Agenda como ferramenta tecnológica no ensino desses conceitos.

 

1.1. O tempo cronológico

O tempo cronológico é aquele em que o ser humano faz as marcações através do controle do tempo. Portanto, ele aparece da mesma forma em diversas sociedades.

A princípio o ser humano utilizava-se da análise de fenômenos naturais para fazer esse controle (como a observação dos astros e das fases da colheita), mas com o desenrolar dos anos as marcações passaram a ser feitas por mecanismos como o relógio (convencionou-se marcar 60 minutos para o cumprimento de uma hora) e o calendário (7 dias tem uma semana e 12 meses um ano), por exemplo.

A compreensão do tempo cronológico é, no geral, mais acessível aos alunos do 6º ano justamente por estar mais próximo de sua vivência do que o conceito de tempo histórico. Sendo assim, a utilização do Google Agenda torna-se eficaz por permitir a assimilação do conteúdo através da aprendizagem visual e/ou prática (dependendo das orientações trabalhadas pelo professor), além de possibilitar o contato com culturas de diferentes povos e de estimular a utilização da linguagem tecnológica.

Siga as instruções abaixo para ter acesso ao Google Agenda e aprender como utilizar esta ferramenta no ensino do tempo cronológico.

  1. Tenha uma conta ativa e logada no Gmail;
  2. Acesse o site do Google Agenda: https://calendar.google.com/
  3. Vá à sua página inicial e reitere as informações sobre o calendário gregoriano ou cristão que já utilizamos – isso facilitará a correlação posteriormente (Imagem 1);

 

Imagem 1

 

4) Nesta segunda etapa, para fazer uma comparação com os calendários correspondentes a outras culturas, é necessário alterar as configurações do Google Agenda.

Seguem as informações (Imagens 2 A 5):

Imagem 2

 

Imagem 3

 

Imagem 4

 

Imagem 5

 

5) Volte à página inicial e a atualize também;

6) Em seguida, explore as informações sobre o calendário islâmico no seu Google Agenda (Imagem 6)

Imagem 6

 

7) Ressalte nesta página (a partir de um print screen) os dias do calendário islâmico que correspondem aos da nossa semana (ambas possuem 7 dias) – e, se possível, insira os nomes originais de cada um (Imagem 7);

Imagem 7

 

8) Faça o mesmo com os 12 meses do ano (Imagem 8);

Imagem 8

 

9) Ao encerrar esta parte da trilha os alunos compreenderão o conceito de tempo cronológico, haja vista que farão uma análise comparativa desta forma de contagem de tempo em sociedades distintas.

Ademais, conhecerão aspectos culturais de outros povos e explorarão uma importante ferramenta tecnológica.

 

*Sugestão de atividade prática: solicitar aos alunos a mesma comparação com os dias e meses do calendário hebraico – assim, concluirão que nele também há 7 dias e 12 (ou 13) meses.

**Caso o professor queira aprofundar o assunto, vale a pena explorar as diferenças entre os calendários solares (como o cristão) e lunares (como o islâmico).

 

1.2. O tempo histórico

O tempo histórico é o tempo construído por cada sociedade, levando em consideração aspectos como a cultura, a história e a tradição de cada uma delas. Neste tempo, a sociedade em questão cria e comemora os seus próprios eventos e acontecimentos – que são, portanto, ímpares.

A exemplo disso tem-se os diferentes calendários, que possuem o seu evento inicial (inaugurando o “ano 1”) resultante de um acontecimento cultural/histórico/religioso marcante. Dessa forma, na atualidade, muitas sociedades encontram-se em anos diferentes.

Entender esse conceito e visualizar a possibilidade de sociedades diferentes viverem hoje nos anos 2020 (calendário cristão), 1441 (calendário islâmico) e 5780 (calendário hebraico) pode ser confuso, a princípio, para um aluno do 6º ano.

Nesse contexto, a utilização da ferramenta Google Agenda favorece a possibilidade de uma aula expositiva, interativa e prática, tornando a aprendizagem significativa para o aluno.

A partir dos passos abaixo você poderá inserir esta ferramenta na sua aula:

  • Tenha uma conta ativa e logada no Gmail;
  • Acesse o site do Google Agenda: https://calendar.google.com/
  • No canto superior esquerdo da tela há informações importantes sobre o calendário cristão – vigente em nossa sociedade. Vale começar a explicação por aí (Imagem 9);

 

Imagem 9

 

Siga as “imagens 2 a 5” do tópico anterior para configurar o calendário islâmico (ou outro escolhido) no seu Google Agenda.

Veja os dados sobre o calendário islâmico e trabalhe com as informações fornecidas, como na imagem (IMAGEM 10);

 

Imagem 10

 

3) Esta trilha torna a aprendizagem visual ao mostrar para os alunos, através da ferramenta Google Agenda, que ambos os calendários estão em vigor ao mesmo tempo – embora estejam em anos diferentes.

4) Além disso, auxilia o professor na explicação de que a diferença dos anos em que as sociedades encontram-se não está relacionada ao atraso ou ao desenvolvimento, mas ao momento em que cada sociedade iniciou a contagem do seu “ano 1” – os cristãos a partir nascimento de Cristo e os islâmicos a partir da Hégira (migração de Maomé da cidade de Meca para a cidade de Medina);

 

*Sugestão de atividade prática: Solicitar aos alunos que levantem informações através de pesquisa sobre o calendário hebraico e utilizem a ferramenta Google Agenda para explicar as correspondências com o calendário cristão.

**O professor pode inserir mais informações sobre o tema e utilizar recursos complementares na aula em questão.

 

Referências bibliográficas

BARROS, José D’Assunção de. O tempo dos historiadores. Vozes: Petrópolis, 2013.

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a Base. Brasília, MEC/CONSED/UNDIME, 2017.

 

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Como referenciar este post: A utilização do Google Agenda no ensino das relações entre o tempo e a História. Vivian Montezano. Publicado em: 1/6/2020. Link da postagem: (http://www.makerzine.com.br/educacao/a-utilizacao-do-google-agenda-no-ensino-das-relacoes-entre-o-tempo-e-a-historia/).


Prô Vivian

Professora de História, Filosofia e Conceitos Contemporâneos. Educadora maker, entusiasta da Aprendizagem Criativa e apaixonada por Tecnologias Educacionais. Mestra em História pela Unesp. Pós-Graduada em Planejamento, Implementação e Gestão da EaD pela UFF. Graduada em História também pela Unesp. Experiência na docência e na ministração de cursos de formação para professores.

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