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Como referenciar este texto: O que é Inteligência Artificial e como chegamos até aqui?. Rodrigo Terra. Publicado em: 04/04/2023. Link da postagem: https://www.makerzine.com.br/computador/o-que-e-inteligencia-artificial-e-como-chegamos-ate-aqui .


Conteúdos dessa postagem

O que é Inteligência Artificial?

Inteligência artificial (IA) é um campo da ciência da computação que se concentra no desenvolvimento de sistemas computacionais que podem realizar tarefas que normalmente exigiriam inteligência humana para serem executadas. Esses sistemas são projetados para aprender e adaptar-se a novas situações e fornecer soluções para problemas complexos. A IA pode ser dividida em duas categorias principais: IA fraca (ou estreita) e IA forte (ou geral).

A IA fraca, também conhecida como inteligência artificial estreita, é um tipo de IA que é projetada para realizar tarefas específicas, como reconhecimento de voz, reconhecimento facial, classificação de imagens, entre outras. Esses sistemas são treinados em dados específicos e são capazes de tomar decisões com base nesses dados, mas não possuem habilidades de raciocínio ou compreensão mais ampla do mundo.

Por outro lado, a IA forte, também conhecida como inteligência artificial geral, é um tipo de IA que visa replicar a inteligência humana em sua totalidade. Esse tipo de IA seria capaz de pensar, raciocinar e entender o mundo de maneira semelhante aos seres humanos, tendo a capacidade de aprender com a experiência e de se adaptar a novas situações.

A IA é utilizada em muitas aplicações práticas, incluindo chatbots, sistemas de reconhecimento de fala e de visão, veículos autônomos, análise de dados, diagnóstico médico e muito mais. A tecnologia de IA tem o potencial de melhorar a eficiência e a precisão de muitas tarefas, bem como criar novas oportunidades para a inovação e o avanço tecnológico.

De uma forma simplificada a inteligência artificial pode ser resumida, como:

  1. Entrada de dados: a IA recebe informações de sensores, bancos de dados, câmeras, etc.
  2. Processamento de dados: os dados são processados por algoritmos e modelos de aprendizado de máquina, que identificam padrões e fazem previsões.
  3. Tomada de decisão: com base nos resultados do processamento de dados, a IA toma decisões ou sugere ações a serem tomadas.
  4. Feedback: os resultados das decisões tomadas pela IA são analisados e utilizados para melhorar os modelos de aprendizado de máquina e a tomada de decisão futura.

Este é apenas um esquema básico que pode variar dependendo do tipo de IA e aplicação. No geral, a ideia é que a IA seja capaz de aprender e se adaptar a partir dos dados que recebe, permitindo que ela execute tarefas complexas que normalmente requerem inteligência humana.

Como chegamos até aqui?

A história da inteligência artificial tem início na década de 1940, com o desenvolvimento dos primeiros computadores eletrônicos. Abaixo está um resumo dos principais acontecimentos na história da inteligência artificial:

  • 1943: Warren McCulloch e Walter Pitts publicam um artigo descrevendo o modelo de neurônios artificiais, que serviria como base para o desenvolvimento posterior de redes neurais.
  • 1956: Na Conferência de Dartmouth, John McCarthy, Marvin Minsky e outros cientistas propõem o termo “inteligência artificial” e iniciam formalmente a pesquisa em IA.
  • 1959: Allen Newell e Herbert Simon criam o programa “Logic Theorist”, que pode ser considerado como o primeiro programa de inteligência artificial.
  • 1967: O programa ELIZA, desenvolvido por Joseph Weizenbaum, utiliza técnicas de processamento de linguagem natural para simular uma conversa terapêutica com um ser humano.
  • 1970: O sistema de inteligência artificial SHRDLU, desenvolvido por Terry Winograd, é capaz de manipular objetos em um ambiente virtual usando linguagem natural.
  • 1980: A abordagem da lógica difusa é desenvolvida por Lofti Zadeh, permitindo que a IA lide com informações incertas e imprecisas.
  • 1997: O computador Deep Blue, da IBM, derrota o campeão mundial de xadrez Garry Kasparov em uma partida de xadrez.
  • 2011: O sistema Watson, da IBM, vence o programa de TV Jeopardy! contra dois campeões humanos.
  • 2016: O AlphaGo, da empresa DeepMind, vence o campeão mundial de Go, Lee Sedol, em uma série de partidas.
  • 2017: O AlphaGo Zero, versão melhorada do AlphaGo, aprende a jogar Go sem dados de treinamento humano.
  • 2018: O Google Duplex é anunciado, um sistema de inteligência artificial que é capaz de realizar ligações telefônicas para marcar compromissos e reservas em nome do usuário, usando linguagem natural e conversando com operadores humanos.
  • 2019: O Facebook anuncia o seu projeto de desenvolvimento de um assistente de voz com inteligência artificial para a sua plataforma, concorrendo com os já existentes da Amazon (Alexa), Google (Assistant) e Apple (Siri).
  • 2020: A pandemia de COVID-19 impulsiona a utilização de sistemas de inteligência artificial em áreas como diagnóstico médico, análise de dados e suporte à decisão em saúde.
  • 2021: A OpenAI lança o GPT-3, um dos modelos de linguagem natural mais avançados até o momento, capaz de gerar textos coerentes e convincentes com mínima intervenção humana.
  • 2022: A Microsoft anuncia a aquisição da Nuance Communications, uma empresa especializada em tecnologia de reconhecimento de voz e processamento de linguagem natural.

A inteligência artificial pensa?

Não, a inteligência artificial não pensa como os seres humanos pensam. Ela é programada para processar dados, reconhecer padrões, tomar decisões e executar tarefas específicas com base em algoritmos matemáticos e modelos de aprendizado de máquina. Em outras palavras, a IA é capaz de realizar tarefas complexas com rapidez e precisão, mas não tem consciência, sentimentos ou pensamentos próprios como os seres humanos.

Embora a IA seja capaz de simular comportamentos e pensamentos humanos em certa medida, isso não significa que ela esteja pensando ou sentindo como um ser humano. A IA é um conjunto de tecnologias avançadas que utilizam algoritmos e modelos matemáticos para processar dados e executar tarefas específicas de maneira automatizada, mas não possui consciência ou livre-arbítrio.

Devo me preocupar com uma possível revolta?

Não há evidências de que a revolta da inteligência artificial seja uma preocupação iminente ou realista. A IA é programada para seguir instruções e tomar decisões com base em algoritmos e modelos de aprendizado de máquina, e não tem consciência ou intenção própria.

Embora algumas obras de ficção científica tenham explorado a possibilidade de uma revolta da IA, a tecnologia ainda não chegou a um nível em que possa desenvolver consciência ou autonomia para tomar decisões independentes das instruções de seus programadores. Além disso, a IA é desenvolvida e utilizada por seres humanos que estabelecem protocolos de segurança e ética para garantir que a tecnologia seja utilizada de forma segura e responsável.

No entanto, é importante lembrar que a IA pode ser programada com viéses ou falhas que podem afetar negativamente suas decisões e ações. Portanto, é fundamental que a tecnologia seja desenvolvida e utilizada com cuidado e responsabilidade, com a implementação de medidas de segurança e ética que minimizem os riscos e maximizem os benefícios da IA.

Exemplos de uso da inteligência artificial

  1. Assistente virtual: os assistentes virtuais são exemplos populares de IA, como a Siri da Apple, a Alexa da Amazon e o Google Assistant. Eles são projetados para ajudar os usuários em tarefas diárias, como reservar um compromisso, definir um alarme, reproduzir uma música ou fornecer informações.

  2. Reconhecimento de imagem e voz: a IA é usada em aplicativos de reconhecimento de imagem e voz para identificar objetos, rostos e vozes em tempo real. Por exemplo, o reconhecimento facial é usado em sistemas de segurança para identificar pessoas em imagens ou vídeos.

  3. Carros autônomos: a IA é usada em carros autônomos para orientar e tomar decisões em tempo real, com base em informações de sensores e outros dispositivos. A IA permite que os carros autônomos sejam capazes de reconhecer sinais de trânsito, evitar obstáculos e tomar decisões complexas de navegação.

  4. Chatbots: os chatbots são usados em aplicativos de atendimento ao cliente, onde são capazes de responder a perguntas comuns e ajudar os usuários a resolver problemas. A IA permite que os chatbots aprendam com as interações do usuário e se tornem mais eficientes ao longo do tempo.

  5. Diagnóstico médico: a IA é usada em diagnósticos médicos para identificar doenças e condições com base em imagens e dados de pacientes. A IA pode analisar grandes quantidades de dados médicos e fornecer diagnósticos precisos e rápidos.

Rodrigo Terra

Atuei como Professor de Física e Cultura Maker, por mais de 20 anos. Sou Pesquisador em Ciências Educacionais com ênfase em Tecnologia Educacional e Docência. desenvolvendo trabalhos de Consultorias Pedagógicas para diversas empresas do setor educacional. Há alguns anos, venho direcionando meus estudos para o universo dos dados e programação. Atualmente, trabalho como Líder Acadêmico de matérias técnicas, como Data Analytics, Gestão de Produtos Digitais e Mercado Financeiro. Sou um eterno curioso, apaixonado por café e por uma boa conversa. Acredito que somente com uma formação transdisciplinar é que criamos oportunidades pensar em diferentes aspectos ou ponto de vista de um mesmo assunto, e com isso, desenvolver pessoas mais conscientes e preparadas para a vida.

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